Magistradas e magistrados que integram o 14º Curso de Formação Inicial de Juízes de Direito Substitutos – Turma 2, promovido pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), participaram no último fim de semana do curso Medidas de Autoproteção e Treinamento Tático, realizado pela Amagis em convênio com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar de Minas Gerais. A iniciativa tem como objetivo oferecer capacitação prática para que os magistrados e magistradas possam atuar com mais segurança no exercício da função jurisdicional e em seu cotidiano pessoal, com ênfase na prevenção e no gerenciamento de risco.
A presidente da Amagis, juíza Rosimere Couto, e o vice-presidente, juiz Jair Francisco dos Santos, acompanharam as atividades. Rosimere Couto agradeceu à Polícia Militar, em especial ao comando do Bope, pela acolhida e receptividade aos magistrados e enfatizou o compromisso da Associação com a valorização da magistratura desde os primeiros passos da carreira. “A autoproteção é uma dimensão fundamental da segurança institucional. Não se trata apenas de defesa pessoal, mas da preservação da integridade física, emocional e funcional do juiz e da juíza no exercício de uma atividade muitas vezes marcada por tensões. Capacitar nossos colegas desde o início da carreira, oferecendo ferramentas práticas e preventivas, é uma forma de promover a dignidade da função jurisdicional e o cuidado com quem a exerce”, destacou a presidente.
O vice-presidente da Amagis também ressaltou a importância da iniciativa no contexto da atuação judicial. “Lidamos diariamente com conflitos, interesses sensíveis e decisões que podem gerar reações adversas. Por isso, é fundamental que cada magistrado desenvolva uma consciência preventiva e adote cuidados que garantam sua integridade. Este curso é uma oportunidade valiosa de adquirir conhecimentos práticos que contribuem para uma atuação mais segura e confiante”, afirmou o juiz Jair Francisco dos Santos.
A programação do curso, elaborada pela equipe do Bope, incluiu conteúdos teóricos e práticos, como técnicas de defesa pessoal, estratégias de autossocorro, manuseio de armamento e prática de tiro defensivo. As aulas foram iniciadas com uma apresentação do tenente-coronel Haendell Reis Pinheiro, seguida de exposição da tenente-coronel Danúbia Lopes sobre estratégias de autoproteção.
Ao destacar a relevância da iniciativa, o juiz André Chaves Reis, que assumirá a comarca de Manga, ressaltou a importância do curso para quem está iniciando na magistratura. “Por ser uma profissão em que estamos expostos, principalmente no interior, acredito que ter essa noção de manuseio de arma e de prevenção faz toda a diferença. O curso é muito proveitoso, e o fato de ser ministrado desde a formação inicial traz um novo olhar sobre nossa própria segurança. Além disso, o contato com o pessoal do Bope foi extremamente enriquecedor.”
A juíza Gabriela Furtado Arja de Oliveira Gomes também destacou o impacto positivo do curso para sua atuação profissional. “Tivemos aulas sobre defesa pessoal e comportamento seguro, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. Considerando que o cargo de juíza exige uma atenção redobrada quanto à segurança, essas orientações foram extremamente valiosas. Agradeço à Amagis pela oportunidade e pelo apoio constante.”
Para o juiz Hian Silva Colaço, a iniciativa da Amagis representa um passo importante no fortalecimento da segurança institucional. “É fundamental que estejamos preparados para situações adversas, sempre com foco na prevenção. O curso nos ajuda a pensar de forma estratégica e a entender que o uso de armamento é uma medida extrema. A segurança do magistrado é, antes de tudo, uma questão institucional, e essa formação fortalece nosso senso de responsabilidade e proteção.”
Já a juíza Marília Fernandes Cruvinel Costa, que atuará na comarca de São Romão, enfatizou o cuidado e a didática da equipe envolvida. “O curso é muito bem organizado, com orientações claras e acessíveis. Aprendemos estratégias que ajudam a evitar riscos no dia a dia, inclusive sobre os estados de alerta que devemos manter em determinadas situações. Foi uma formação extremamente útil e preventiva.”
O curso será ministrado novamente no próximo fim de semana para outra parte da turma de magistrados e magistradas que realizam o 14º Curso de Formação Inicial da Ejef.