A ENM, da AMB, proporcionou aos magistrados filiados, nos últimos dois dias, o curso Jurisdição e Psicanálise. A iniciativa foi realizada na sede da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) e teve como objetivo debater o exercício da atividade jurisdicional sob a inflexão da psicanálise.

Presente no encerramento do evento, o presidente da AMB, Jayme de Oliveira, conversou com os participantes e ouviu sugestões para que a Escola Nacional da Magistratura possa oferecer programações cada vez mais relevantes. “Vamos ampliar o número de capacitações oferecidas aos nossos associados e investir em atividades, como esta, que são vitais para o constante aperfeiçoamento dos magistrados e uma melhor prestação jurisdicional”, afirmou.

De acordo com o diretor-presidente da ENM e coordenador da iniciativa, Marcelo Piragibe, “o curso foi excelente e atendeu a todos os propósitos de interlocução entre a psicanálise e o Direito. Para esta edição, adotamos uma metodologia ativa de ensino-aprendizagem, que certamente proporcionará maior fixação da matéria exposta”.

As aulas foram ministradas pela psicóloga, psicanalista, mediadora interdisciplinar, mestre e doutora em Direito Civil pela Universidade de São Paulo (USP) e professora da capacitação, Giselle Groeninga. Ao tratar de temas como Interdisciplinaridade; O indivíduo; O indivíduo e sua relação com o meio; Os conflitos levados ao Poder Judiciário; e O juiz e a subjetividade, entre outros, a especialista buscou abordar casos que estivessem presentes no cotidiano dos magistrados.

Para a aluna do curso, a juíza do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS), Luciane Puriasco Isquerdo, os assuntos explorados ampliaram seu conhecimento na área. “Fizemos uma reflexão importante sobre o papel do juiz a partir de conceitos básicos de psicanálise. A professora estendeu os temas iniciais para questões do cotidiano, como alienação parental, pedofilia e violência doméstica, por exemplo, na ótica da psicanálise. O conteúdo vai nos ajudar a ver os nosso casos e processos com outros olhos, que antes não víamos”.

Fonte: ENM