Magistrados da capital e do interior do Estado participaram nesta quinta-feira, 15, da palestra sobre deficiência e capacitismo, proferida pela jornalista, educadora e fundadora do Instituto Cáue, Mariana Rosa. O evento, promovido pela Amagis, por meio de sua Coordenadoria de Apoio e Proteção à Pessoa com Deficiência, aconteceu no auditório da Associação e teve transmissão pelo site da Amagis e Youtube. Assista abaixo:

 


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O presidente da Amagis, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, abriu o encontro destacando o privilégio de ter a oportunidade de participar de um debate tão importante que é a inclusão e o capacitismo. O magistrado agradeceu a juíza Raquel Agreli Melo, diretora da Coordenadoria de Apoio e Proteção à Pessoa com Deficiência, que “tem abraçado a causa junto com os outros colegas integrantes como uma missão de enfrentamento àquilo que em outras épocas era até escondido”, afirmou. O presidente agradeceu também a disponibilidade da palestrante em levar ensinamentos e reflexões aos magistrados mineiros.

A juíza Raquel Agreli fez um agradecimento especial ao presidente Luiz Carlos, pela sensibilidade em criar a Coordenadoria e apoiar ações que contribuam para a construção de uma sociedade mais igualitária e, portanto, mais justa. “Estou muito feliz com esta iniciativa da Amagis. A questão da deficiência e da acessibilidade foi relegada ao esquecimento durante muito tempo porque ela toca a uma minoria. E as pessoas têm a tendência de pensar que quando não se tem ninguém próximo que tem uma deficiência, o assunto então não os diz respeito. E, na verdade, justamente por não termos o convívio próximo com algum deficiente, é que temos a responsabilidade de ajudar na construção de uma sociedade que possibilite o pertencimento, que seja de todos”, disse a magistrada. “Tudo começa com pequenos passos e a Amagis faz isso ao criar a Coordenadoria e apoiar iniciativas como estas”, afirmou.

Inclusão

Mariana Rosa agradeceu as palavras dos magistrados e a oportunidade de apresentar o tema. Ela contou sobre como iniciou sua jornada de aprendizado e estudo no campo da educação inclusiva e da deficiência e destacou a importância do capacitismo e do olhar social para as pessoas que tem deficiência.

De acordo com ela, a inclusão é como uma espécie de dispositivo que atualiza a consciência das pessoas sobre o mundo a sua volta. “Cada pessoa é única. Não existe um padrão. E todos nós somos diferentes um do outro”, frisou. “As pessoas não deveriam perguntar a um deficiente o que ele tem. Mas sim, deveriam procurar saber o que podem fazer para que a pessoa com deficiência se sinta bem, se sinta pertencente”, disse. Mariana propôs aos presentes e aos expectadores diversas reflexões, como, por exemplo, maneiras de se contribuir para não perpetuar uma situação de discriminação. “Uma das contribuições para isso acontece quando pessoas que não têm qualquer deficiência começam a participar, analisar e refletir o tema em um debate como este”, afirmou.