Uma delegação de três defensores públicos do Timor Leste está no Brasil para conhecer melhor o Poder Judiciário, que servirá de exemplo para que implantem estrutura semelhante em seu país. Na manhã desta terça-feira (5), Fernando Lopes de Carvalho, Manoel Sarmento e Olga Barreto Nunes foram recebidos pelo vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ayres Britto.
Segundo o ministro, a comissão timorense veio conhecer de perto as instituições públicas brasileiras, especificamente a Defensoria Pública, porque considera “o arranjo institucional mais adequado para o país deles”.
Também acompanhou a visita o chefe da Defensoria Pública da União (DPU) do Brasil, José Rômulo Sales. Ele disse que o intercâmbio está sendo feito por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) ligada ao Itamaraty, e que a DPU vem ajudando o Timor Leste na implantação de sua defensoria pública. Defensores públicos brasileiros estão em missão naquele país para ajudá-los nessa estruturação da instituição. No Brasil desde o dia 17 de agosto, a delegação já conheceu o funcionamento das varas de Justiça, da infância, e criminais, além do Ministério Público e o sistema de Justiça como um todo. Eles ficam no país até o dia 11 de outubro.
Um dos defensores da comitiva, Manoel Sarmento afirmou que durante a visita ao Brasil observou a estrutura administrativa e o atendimento ao público da Defensoria. Segundo ele, o objetivo lá é atender os carentes, assim como no Brasil. “Podemos aplicar no Timor porque é o mesmo sistema e são boas experiências.”
A Defensoria Pública no Timor Leste existe desde 2000, ano seguinte ao que o país foi considerado oficialmente independente de Portugal. Para Sarmento, seu país tem muitas coisas que podem melhorar e, o Brasil, como uma nação que já tem estrutura consolidada, pode ajudar.
Ao encerrar a visita, o ministro Ayres Britto afirmou que “é uma honra para o Brasil ver o seu modelo de defensoria pública exportado como padrão de excelência e paradigma além fronteiras”. Para ele, a experiência é um “intercâmbio saudável porque aprendemos uns com os outros”.
Fonte: STF