“Na vida há tempo para tudo, como diz o Livro dos Provérbios, tempo para plantar e para colher, tempo de começar e tempo de encerrar”. Foi assim que o desembargador Roney Oliveira definiu o término de seus trabalhos no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O desembargador participou de sua última sessão na Corte Superior, no dia 14 de dezembro e sua aposentadoria, a pedido, sairá no dia 09 de janeiro de 2012.
Ele agradeceu a todos os colegas da Casa: juízes, desembargadores, presidentes e servidores. “Sem eles, eu não poderia colocar um tijolinho nesse Judiciário que é cada vez mais moderno e independente”.
O desembargador contou ter 41 anos ininterruptos na magistratura estadual e 46 anos de formação acadêmica pela UFMG. Além de achar que era tempo de encerrar a atividade judicante, diz ter feito uma profunda reflexão ao pedir a aposentadoria. “É difícil chegar aonde cheguei e longa a espera por promoção ao cargo de desembargador. Era preciso ceder a vez para alguém mais jovem”, lembrou.
Ele contou que trabalhar no Poder Judiciário de Minas Gerais foi uma experiência agradável. Após passar por inúmeras comarcas, disse ter aprendido muito também com a sabedoria popular. “Às vezes, em decorrência de nosso próprio título, ficamos em uma redoma de cristal. Mas o povo brasileiro é muito criativo”, reconheceu.
Roney Oliveira deixa o TJMG, mas afirmou que não entrará para a ociosidade. “A magistratura me proporcionou vivenciar muitas histórias para enredo de futuros livros. Também penso em fazer palestras em comunidades, trabalhar pela conciliação, atividades que não sejam remuneradas. A remuneração para minha sobrevivência eu consegui. Quero servir mais, prestar serviço ao próximo. Acima de tudo, quero ser útil. Mas quero exercitar essas atividades sem paletó e gravata”.
Em razão do trabalho que exerceu, magistrados e colegas homenagearam o desembargador em encontro na 2ª Câmara Cível, onde o desembargador trabalhou por último.
Currículo
Veja o currículo completo do desembargador.
Fonte: TJMG