O presidente da Amagis, juiz Luiz Carlos Rezende Santos, reuniu-se, na manhã desta terça-feira, 26, na sede da Associação, com o jurista e desembargador aposentado Humberto Theodoro Júnior. Também participaram do amistoso encontro, membros da Diretoria, o desembargador Tiago Pinto (assessor especial da presidência da Amagis), o desembargador Henrique Abi-Ackel e o presidente da Academia Mineira de Letras (AML), jornalista Rogério Tavares. Todos os presentes reconheceram e reverenciaram a pessoa do professor Humberto Theodoro Júnior, consignando que são seus legatários de seu conhecimento, posto que estudaram e estudam em seus os livros e publicações.
Aficionado por livros, Humberto Theodoro Júnior foi presenteado, no encontro, com exemplares das publicações dos escritores e magistrados Godofredo Rangel e Hermenegildo de Barros, feitas em parceira da Amagis com a AML e a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), e com o livro “Tratamento Penitenciário”, de autoria do juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, e do ex-secretário adjunto de Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, professor Luís Flávio Sapori.
Ainda na reunião, o presidente da Amagis atualizou o desembargador sobre a criação da Escola da Amagis e o convidou a fazer parte desse projeto e de outros, ressaltando que a contribuição dele, além de bem-vinda, honraria muito a Associação.
O desembargador Humberto Theodoro Júnior agradeceu as homenagens e colocou-se à disposição, reafirmando compromisso com a Magistratura, o Judiciário e a Justiça. Disse que, em toda a sua trajetória, constatou que o juiz não deve e não pode somente aplicar o direito pelo direito, reproduzindo normas em sua sentença.
Segundo o magistrado, para se aplicar uma Justiça mais integral, e próxima da ideia de Justiça, são necessárias doses de humanismo, inserindo valores na ordem jurídica, que só é possível com um espírito humano bem calibrado e sensibilizado, conquistado, por ele, na experiência e na literatura.
“Com mais de 10 anos de carreira, constatei que fazia muito tempo que não lia, nem uma poesia ou um livro de literatura. Daí em diante, criei um horário e método, que tinha uma parte do dia reservada para a literatura. Porque o Direito que temos, positivista, é muito matemático, esquematizado e muito frio. Nos tempos atuais, o Estado Democrático de Direito, dos Direitos Humanos e da dignidade da pessoa humana, consagrados como norma positiva e de dever de todos, só o Direito pelo Direito fica pouco. O operador não se pode limitar para dar vida ao Direito, ficar só reproduzindo normas e regras, tem de inserir valores na ordem jurídica. Ele tem que transformar a sentença numa fonte de direito suplementar, complementar ao trabalho do legislador. Isso só se consegue ser feito com um espírito humano bem calibrado, humanizado e sensibilizado”, defendeu.
Pela Diretoria da Amagis, estiveram presentes a vice-presidente Administrativa, juíza Rosimere das Graças do Couto, a vice-presidente Financeira, juíza Roberta Fonseca, o vice-presidente de Saúde, juiz Jair Francisco, o vice-presidente Sociocultural-Esportivo, desembargador Maurício Pinto Ferreira, e o ouvidor da Amagis, juiz Auro Aparecido Maia.