O presidente da Amagis, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, e o ex-presidente, desembargador Alberto Diniz, fizeram uma visita ao presidente da Academia Mineira de Letras (AML), Rogério Tavares, nesta sexta-feira, 8/4. Também participaram do encontro o ex-presidente do Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais (TJMMG) e escritor, desembargador Fernando Armando Ribeiro, e o escritor e artista plástico Márcio Sampaio. 
 
Eles visitaram a sede histórica da Academia, localizada em Belo Horizonte, onde trataram de assuntos relacionados a projetos desenvolvidos pela Associação em parceria com a AML.

Fernando Armando, Márcio Sampaio, Alberto Diniz, Rogério Tavares e Luiz Carlos Rezende


Uma dessas iniciativas é a republicação de parte da obra do escritor e magistrado mineiro Godofredo Rangel. Nesse projeto, que também conta com a participação do TJMG, por meio da Escola Judicial (Ejef), serão atualizados e reeditados quatro romances de Godofredo Rangel, que são "Vida Ociosa", "Falange Gloriosa", "Os Bem-Casados" e "A Filha".

Além de tratarem dos projetos em comum, o presidente da AML e sua equipe gentilmente apresentaram aos magistrados o palacete que abriga a Academia, além do grande acervo de livros e documentos históricos.  

A Academia

A Academia Mineira de Letras foi fundada na cidade de Juiz de Fora, em 1909, por um grupo de pioneiros ligados à literatura e a cultura, O grupo fundador, de imediato incorporando o adjetivo mineiro, ao invés da denominação municipalista, dava a dimensão ambiciosa e ao mesmo tempo magnânima dos seus altos objetivos: o culto, a defesa e a sustentação da pureza da língua e a produção intelectual na sua plenitude e variedade. Em 1915, acordaram os membros da Academia Mineira de Letras a transferência da sede para a Capital do Estado.


O Palacete

O edifício da Academia Mineira de Letras foi construído na década de 1920 para ser o consultório e residência do médico carioca, radicado na capital mineira, Eduardo Borges da Costa. Embora não exista confirmação documental, os indícios apontam que o projeto original ficou a cargo do arquiteto Luis Signorelli. Trabalharam na obra também importantes artistas como o escultor austríaco Mucchiutti, responsável por muitas obras na cidade, e os marmoristas irmãos Natalli. A residência acolheu inúmeros jantares e encontros durante vários anos. Em 1987, foi passada em comodato para a Academia Mineira de Letras e posteriormente restaurada. Em 1994, foi construído um anexo para receber eventos e reuniões. Atualmente, o imóvel abriga as atividades da Academia e continua como um ponto de referência da arquitetura e memória da cidade.