O segundo dia de atividades da II Assembleia Geral da Escola Judicial da América Latina (Ejal) foi marcado por uma série de discussões relacionadas às realidades dos países latino-americanos. Além de dar início as suas atividades, a Ejal instalou uma de suas sedes, em Lima (PE), nesse evento que começou na quinta-feira (16) e que terminou na sexta-feira (17), com o objetivo de discutir o panorama das escolas judiciais ibero-americanas.
De acordo com o Diretor-Geral da Ejal, José Sebastião Fagundes Cunha, a Escola foi pensada no novo modelo das relações sociais e visa permitir o intercâmbio de conhecimento dos países participantes.
“A Escola Judicial pensa em um novo modelo em termos de relações sociais, como o comércio eletrônico, os crimes ambientais, as fronteiras, entre outros. Estamos colocando o Judiciário em seu tempo, unindo e integrando a América Latina e aproximando-a da Europa. O dia que a humanidade evoluir, todos teremos o mesmo direito. Mais que Juízes de um lugar somos Juízes de uma época”, explicou Fagundes Cunha.
A Diretoria da AMB participou das discussões, por meio dos Vice-Presidentes da AMB, Marcos Daros (Administrativo) e Renata Gil (Direitos Humanos), do Diretor-presidente da Escola Nacional da Magistratura (ENM), Roberto Bacellar, e do Coordenador da ENM Marcelo Piragibe.
Um dos articuladores da integração da Escola Judicial com a AMB, Marcos Daros destacou que a II Assembléia Geral da Escola Judicial atendeu, efetivamente, aos desígnios da AMB. “Não apenas quanto à integração em movimento que visa a real possibilidade de aperfeiçoamento prático e intelectual do Juiz brasileiro em diversos países das Américas, por meio de convênios institucionais que serão agora repassados à Magistratura brasileira, mas também porque ficou claro o rompimento da reserva individual de conhecimentos acumulados por brilhantes colegas de todos os países participantes deste evento, em favor da distribuição democrática deles entre todos aqueles que se debruçam na árdua tarefa de julgar e tanto necessitam de constante aperfeiçoamento".
Em um dos painéis sobre os Direitos Humanos, a Vice-Presidente Renata Gil disse que é essencial que a academia se preocupe com questões tão atuais da sociedade. “Os Direitos Humanos são um tema que ultrapassam as fronteiras dos países e impõe uma divisão de conhecimento novo e moderno em seu tratamento”, pontuou a Vice-Presidente. Ainda, de acordo com ela, a Ejal vai trabalhar para a execução de cursos e programas voltada para essa área com o apoio da AMB e da Ejal.
Segundo Bacellar, o evento ganhou dimensões maiores que as esperadas. “Conseguimos reunir países de toda a América Latina nas discussões. E a AMB e a ENM estão em constante diálogo nos trabalhos de integração das diversas áreas. A assembleia está sendo muito produtiva, porque está levantado temas atuais”, afirmou o Diretor-Presidente da ENM.

Durante a Assembleia, serão apresentados relatórios de convênios e atividades já realizadas pela Ejal. A Escola também visa preparar o seminário que reunirá as Cortes Regionais da América Latina e da União Europeia, que será realizado em setembro, em Brasília.
Fonte: AMB