Na manhã desta quinta-feira (25), o TRE de Minas Gerais reuniu jornalistas em sua sede para uma entrevista coletiva sobre os preparativos e expectativas para o segundo turno das Eleições 2018. O desembargador Pedro Bernardes, presidente do Tribunal, abriu a entrevista com um pronunciamento em que agradeceu o esforço de todos para garantir a segurança das eleições no primeiro turno e a atuação firme dos jornalistas no registro correto das informações. O presidente atribuiu o grande número de reclamações registradas pelos eleitores no primeiro turno a uma percepção equivocada a respeito do funcionamento da urna, e enfatizou que “temos plena confiança no processo eletrônico de votação. Em 22 anos, nunca se comprovou uma fraude. Não há possibilidade de haver erro no registro e na apuração dos votos, e a Justiça Eleitoral não faria essa afirmação se não tivesse certeza disso”.

Coletiva

Foto: Cláudia Ramos / CCS / TRE-MG

Já o desembargador Rogério Medeiros, vice-presidente e corregedor do TRE, falou sobre as recomendações emitidas para juízes e mesários quanto ao registro de eventuais reclamações no dia 28 de outubro. Ele ainda exaltou a neutralidade e a dedicação dos mesários, servidores e demais colaboradores da Justiça Eleitoral e criticou o comportamento agressivo de alguns eleitores em relação aos envolvidos no processo eleitoral. “Não vamos admitir agressões, os excessos serão punidos”, declarou. O desembargador orientou também que registros de reclamação quanto à votação por parte de eleitores devem ser feitos perante os mesários, nas atas das seções eleitorais, podendo o eleitor tirar foto do documento e, se desejar, utilizar o aplicativo Pardal para encaminhamento ao TRE. Os policiais deverão ficar do lado de fora dos locais de votação e poderão ser acionados pelo eleitor em caso de denúncias de crimes eleitorais, sem entrarem nas seções – a não ser excepcionalmente, a pedido do presidente da Mesa ou do juiz eleitoral responsável.

Coletiva

Foto: Cláudia Ramos / CCS / TRE-MG

Ângelo Giardini, procurador regional eleitoral, lembrou que o Ministério Público fiscaliza a organização e realização das eleições desde a redemocratização do país, e explicou que a instituição analisou as reclamações registradas no dia 07 de outubro e acompanhou a auditoria realizada pelo TRE no último dia 20, com três urnas utilizadas no primeiro turno. “Não foi identificado nenhum indício de algum tipo de fraude ou incorreção. Nós reafirmamos a nossa confiança no sistema. Os resultados do segundo turno vão espelhar exatamente o que os eleitores depositarem nas urnas”, afirmou o procurador.

Também compareceram à entrevista representantes das instituições que compõe o Gabinete de Segurança das Eleições: o procurador-geral de justiça de Minas Gerais, Darcy de Souza Filho; o secretário de segurança pública do Estado, Sérgio Menezes; o superintendente da Polícia Federal em Minas, Rodrigo de Melo Teixeira; o chefe da Polícia Civil, João Octacílio Silva Neto; e a tenente-coronel Subdiretora de Apoio Operacional da Polícia Militar, Lirliê Aparecida de Souza Alves. Todos se pronunciaram no sentido da expectativa de um segundo turno tranquilo em Minas Gerais. Ainda compuseram a mesa da entrevista as juízas Roberta Fonseca, auxiliar da Presidência do TRE, e Andrea Miranda, coordenadora do Gabinete de Segurança. Elas também prestaram esclarecimentos aos jornalistas sobre a auditoria realizada no Tribunal em urnas eletrônicas utilizadas no primeiro turno e procedimentos a serem adotados no dia do pleito pela Justiça Eleitoral.

Fonte: TRE-MG