A peça Auto da Compadecida, da Cia da Farsa, que ganhou o Prêmio Usiminas-Sinparc de melhor espetáculo de 2008, fará apresentação única na quarta-feira,dia 24 de agosto, às 18h30, no auditório do Anexo I do TJMG – rua Goiás, 229, Centro. O espetáculo está incluído na programação das comemorações dos 34 anos da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef). Os convites devem ser retirados a partir do próximo dia 19 de agosto, na Assessoria de Comunicação Institucional (Ascom) - Unidades Goiás, Raja Gabaglia e Fórum.

A montagem de um dos textos mais conhecidos de Ariano Suassuna ganhou também o 6º Prêmio Usiminas-Sinparc de melhor trilha original (Leri Faria) e figurino (Alexandre Colla). No Prêmio Sesc-Sated, em sua 14ª edição, a peça foi também vencedora nas categorias trilha sonora e figurino, bem como de melhor ator comediante para Dudu Guimarães, que faz o papel de Chicó. O espetáculo tem direção de Alexandre Toledo.

Auto da Compadecida

Para aqueles que ainda não conhecem a história, Auto da Compadecida narra, com muito humor, as artimanhas usadas por João Grilo e Chicó para se defenderem, ludibriando os poderosos da pequena cidade de Taperoá e envolvendo todos numa série de aventuras. Como é um texto de Suassuna, o desfecho não poderia deixar de ser ético-religioso, já que o desenlace ocorre numa outra dimensão com o juízo final das personagens.

No elenco, estão dois servidores do TJMG: Alex Zanonn (Coronel / Sacristão / Encourado) e Sidneia Simões (Mulher do Padeiro) – e ainda: Athos Reis (Padeiro); Dudu Guimarães (Chicó); Adenilson Lopes (Palhaço / Cangaceiro / Emanuel), Elton Monteiro (João Grilo); Icler de Oliveira (Palhaço / Cangaceiro); Marcus Labatti (Padre); Suellen Ogando (Palhaço / Frade / Compadecida) e Waslay Horta (Bispo).
A direção musical e a trilha sonora são de Leri Faria; os figurinos levam a assinatura de Alexandre Colla, também responsável pelo cenário, juntamente com Yuri Simon. A assistência de direção e preparação corporal são de Anderson Vieira; maquiagem, de Márcia Carvalho.

Montagem

Uma das características das montagens da Cia da Farsa é que os atores permanecem quase todo tempo tem cena. Em Auto da Compadecida, eles se distribuem no palco formando uma espécie de coro que interage com os coristas principais: João Grilo e Chicó. O espaço delimitado pelos assentos do coro remete ao picadeiro de um circo, referência presente também em outros signos distribuídos pelo figurino e pela rotunda que emoldura o espaço cênico – o que vem se constituindo como uma marca da Companhia. Mais informações, na página www.companhiadafarsa.blogspot.com.

A Cia da Farsa

Desde sua formação, a Cia da Farsa tem se esforçado em apresentar ao público espetáculos de qualidade, baseados no binômio texto/trabalho de ator. Essa trajetória inclui duas montagens infantis de textos de Maria Clara Machado: "Tribobó City" (2002) e "Aprendiz de Feiticeiro" (2007). O primeiro recebeu um total de 10 indicações para os prêmios Sesc/Sated e Bonsucesso/Sinparc, rendendo indicações para quatro atores do grupo; o segundo recebeu duas indicações para o prêmio Usiminas/Sinparc, sendo uma delas para melhor ator coadjuvante.
"Farsa da Boa Preguiça" (2003), texto de Ariano Suassuna, recebeu sete prêmios em Florianópolis e em Belo Horizonte , quatro deles para os atores.

"O Contrabaixo", espetáculo baseado na obra de Patrick Süskind, deu ao protagonista, Alexandre Toledo, o prêmio Usiminas/Sinparc de melhor ator de 2005, além de outras cinco indicações, incluindo a de melhor espetáculo.

O espetáculo “Retrato Falado” (2005), de Teresa Frota, é também outra montagem da Cia da Farsa, que possibilitou, a cada ator, interpretar várias personagens.


Fonte: TJMG