Teve início nesta terça-feira, 1°, o 12° Curso de Formação Inicial para Juízes de Direito Substitutos, realizado pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), com objetivo de capacitar e fornecer conhecimento prático da judicatura aos novos magistrados, tornando-os aptos a compreender as prerrogativas do cargo.
O presidente da Amagis, desembargador Maurício Soares, foi representando na solenidade pelo vice-presidente de Aposentados e Pensionistas da Associação, juiz José Martinho Nunes Coelho.
A solenidade de abertura do curso foi presidida pelo 2° vice-presidente do TJMG e superintendente da Ejef, desembargador Kildare Carvalho, que destacou a importância da educação formadora, do dever de transmitir o conhecimento, da responsabilidade de exercer a função de magistrado e da figura do juiz na sociedade, e seu compromisso com a seriedade, a ética e os valores necessários ao exercício do cargo.
“O juiz deve ter a capacidade de ouvir respeitando as partes e fazendo-as sentirem respeitadas e dignas. O juiz de hoje é o juiz da conciliação, que deve-se relacionar bem e comunicar-se de maneira adequada. A palavra de ordem é eficiência. O juiz deve promover o diálogo. O juiz de hoje é o juiz de coragem, humano, sensível”, afirmou o desembargador, que promoveu uma reflexão aos novos juízes com um provérbio africano: “O mundo não foi presenteado pelos nossos antepassados, mas emprestado por nossos filhos”.
O desembargador Fernando Cerqueira, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e secretário-geral da Escola Nacional de Formação de Magistrados (Enfam), representou o ministro Humberto Martins, do STJ, diretor–geral da Enfam, na solenidade. O magistrado agradeceu o convite para o evento e reforçou as palavras do desembargador superintendente da Ejef.
“Feliz daquele que tem a graça de saber transmitir o que recebe. Esse é o papel das escolas judiciais. Saber ouvir e falar apenas o necessário, como defendeu o superintendente da Ejef. É isso que se espera de um magistrado”, afirmou o desembargador Cerqueira. Segundo ele, ao optar pela magistratura, os novos juízes escolheram uma carreira belíssima, na qual não vão parar nunca de estudar. Ele destacou a importância das escolas judiciais, como a Ejef, e da formação constante dos magistrados. Para concluir, o secretário-geral da Enfam destacou que a visão que os cidadãos terão do juiz, é a mesma que eles terão do Poder Judiciário. “O poder deve ser exercido com autoridade, nunca com autoritarismo. A respeitabilidade vem com o exemplo”, afirmou Cerqueira.
A solenidade foi realizada no auditório do Anexo I do TJMG e contou com a presença de diversas autoridades, entre elas o desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, representando o presidente do Tribunal, desembargador Pedro Bitencourt; o corregedor-geral de Justiça, desembargador Antônio Sérvulo dos Santos; o ex-presidente do TJMG e superintendente do Mejud, desembargador Lúcio Urbano; o ex-presidente do TJMG desembargador Sérgio Resende; o desembargador Saldanha da Fonseca e o desembargador Tiago Pinto.