A Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) abriu hoje, 3 de novembro, mais uma atividade voltada para a capacitação de gestores e servidores da Diretoria Executiva de Desenvolvimento de Pessoas (Dirdep). O curso Princípios e Métodos Pedagógicos para a Formação Profissional no TJMG está sendo ministrado pela professora e doutora em educação Acácia Zeneida Kuenzer.

EjefFoto: Renata Caldeira


Na abertura do evento, o 2º vice-presidente do TJMG e superintendente da Ejef, desembargador Wagner Wilson Ferreira, destacou que a iniciativa vai permitir o aprofundamento do debate em torno da reflexão “Que Escola queremos ser?”, anteriormente iniciada, além de abordar outras questões de relevância para o projeto pedagógico da Escola Judicial.


O superintendente disse ainda que a atividade visa capacitar os participantes para fazer o planejamento educacional com base nas diretrizes pedagógicas e institucionais para a formação de magistrados e servidores. “Sabemos que o conhecimento é dinâmico, desafiando-nos, a todo momento, a repensar estratégias, a alterar os rumos e a buscar alternativas que estejam em sintonia com nossos valores e com nossa realidade”, completou.


Ainda em seu pronunciamento, o desembargador Wagner Wilson falou da proposta da Ejef de abrir-se para o diálogo, ouvindo seus gestores e servidores, revendo ações, avaliando resultados e, com isso, construindo a proposta pedagógica mais adequada. “Que as questões teóricas e práticas aqui tratadas possam subsidiar e aprimorar futuros projetos e ações da Escola, contribuindo, dessa maneira, para a qualidade dos serviços prestados à sociedade”, desejou.


Relembrando o primeiro encontro realizado nesse sentido, onde os participantes construíram uma toalha de mesa com dizeres e desenhos sobre os seus propósitos de vida, o desembargador falou da importância de buscar a felicidade na construção de um mundo melhor.


“Que Escola queremos ser?”

O tema “Que Escola queremos ser?” foi abordado pela juíza auxiliar da 2ª Vice-Presidência, Lisandre Borges Fortes da Costa Figueira. “Qual é a missão da nossa Escola?”, “Como somos vistos como Escola”?, “Que Escola somos e que Escola queremos ser?”, “Temos proposta pedagógica?”, “Nossos métodos têm sido eficientes?” foram algumas das reflexões propostas pela juíza.


A juíza Lisandre Figueira falou da importância de pensar em novas formas de capacitação, ressaltando que o papel da Escola é formar para a ação no trabalho e que o “negócio” do Tribunal é a realização da justiça. Falou ainda sobre clima organizacional, lembrando que não existe equipe sem escuta ativa, e afirmou que a construção do saber e do fazer deve ser coletiva.

Gestão de pessoas foi outro ponto abordado em sua exposição. Nesse sentido, a magistrada fez, entre outras, as seguintes indagações: “Como os servidores percebem o processo de gestão de pessoas?”, “Eles se conectam com a missão de realizar justiça?” e “Quais são os métodos gerenciais adotados?”.

A magistrada discorreu também sobre a gestão por competências e as ferramentas de gerenciamento de atividades. Na sua visão, a Escola que desejamos ter deve estar voltada para liderança intencional, foco no aluno, estratégia pedagógica, cuidado com a equipe, conhecimento dos processos de trabalho, recursos tecnológicos e análise de dados.


Visão integrada


“Educação para o desenvolvimento profissional: uma visão integrada” foi o tema da exposição da doutora em educação Acácia Zeneida Kuenzer. Ao falar de sua satisfação em reencontrar o grupo, ela enfatizou a intenção de aprofundar-se nas questões levantadas no primeiro encontro, que teve como objetivo a sensibilização dos participantes.


O processo pedagógico das escolas judiciais e as diretrizes da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) foram pontos abordados. A professora destacou que a Escola tem que se apoderar da questão pedagógica para cumprir a sua missão.


Sobre sua experiência nas escolas judiciais de outros tribunais, ela afirmou que a tendência delas é reproduzir a atividade acadêmica, revisando conteúdos já estudados, no entanto o foco da educação profissional deve ser o desenvolvimento de competências para a prática laboral.


Também participou da abertura do evento a desembargadora Ângela Rodrigues, integrante do Comitê Técnico da Ejef. O curso, que se encerra amanhã, sexta-feira, contará também com a realização de oficinas sobre métodos pedagógicos ativos.

Fonte: TJMG/Assessoria de Comunicação Institucional