A terça-feira (17/12) foi o último dia de atuação da ministra Eliana Calmon junto à 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça. A ministra, que tornou-se em 1999 a primeira mulher a ocupar uma cadeira no STJ, já consta da lista de ministros aposentados no site do STJ. Ela deixa o tribunal para se candidatar ao Senado em 2014, pelo PSB, na Bahia.Durante a última sessão de 2013 da 2ª Turma do STJ, a ministra recebeu homenagens de seus colegas.

Presidente da turma, o ministro Mauro Campbell Marques deixou sua cadeira e, da tribuna dos advogados, parabenizou Eliana Calmon por sua coragem e capacidade de inovação, garantindo que a colega deixará saudades na 2ª Turma. Eliana aproveitou para agradecer aos servidores que, afirmou, a motivaram a buscar sempre uma Justiça melhor.

Falando em nome do Ministério Público, as subprocuradoras-gerais da República Maria Sílvia de Meira Luedemann e Elizeta Maria de Paiva Ramos adotaram a literatura para homenagear a ministra. Luedemann citou a obra “Eles, os juízes, vistos por um advogado”, de Piero Calamandrei, enquanto Elizeta Ramos recitou um trecho do poema “Tempo de Travessia”, de Fernando Pessoa. Eliana Calmon afirmou, então, que o destino conspirou a seu favor em relação à caminhada que a fez a primeira mulher a chegar ao STJ.

A homenagem dos advogados teve como marca o discurso do professor Arnold Wald, para quem a vida de Eliana Calmon engrandece o Judiciário. De acordo com ele, as ideias e condutas da ex-corregedora nacional de Justiça abriram novos caminhos para a Justiça brasileira. Wald utilizou três expressões para definir a ministra: probidade intelectual, coragem cívica e entusiasmo com a Justiça. A advocacia pública foi representada pelo procurador-geral da Fazenda Nacional José Pericles Pereira de Sousa, para quem Eliana Calmon ficará marcada na lista dos magistrados que souberam dignificar a toga. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.

Fonte: Conjur