“Se tive alguma resistência, foi no início de minha carreira, como promotora, na Comarca de Matozinhos, mas foi por causa da idade”, conta ela, que aos 23 anos ingressou no MP. Na série de entrevistas especiais que a Amagis está realizando no mês da mulher, a desembargadora fala sobre a ascensão das mulheres em diversas profissões, o que, segundo ela, é um mérito próprio da mulher que saiu de sua posição ‘do lar’, mas “que não desmerece ninguém”, para alçar outros voos.
Nestes 14 anos de magistratura, como a senhora fez para conseguir conciliar a carreira e a família?
Hoje, se percebe um aumento considerável da participação, sobretudo aprovação, das mulheres nos diversos concursos públicos e, com isso, elas alcançam cada vez mais cargos. Acredito que isso promova certa igualdade de condições entre mulheres e homens, tanto na magistratura quanto nas demais carreiras. Para mim, a ascensão das mulheres no mercado de trabalho é um mérito da própria mulher, que saiu de sua posição ‘do lar’, que não desmerece ninguém, e entendeu que pode alçar outros vôos. Houve uma mudança na mentalidade das mulheres, que começaram a sair e ocupar cada vez mais espaço. Essa é uma conquista sobretudo da mulher. É uma questão de conscientização e autoestima.
Foto: TJMG