RJ e PE lideram devoluções
ALAGOAS
Valor devolvido: R$ 836.911 (contratos firmados em 2008 e 2009)
Obras: Módulo de saúde no presídio Desembargador Luís de Oliveira Sousa e construção de centro Cultural Ecumênico na Penitenciária Feminina de Santa Luzia.
Motivo: A Superintendência Geral de Administração Penitenciária de Alagoas informou que os dois contratos foram cancelados a pedido do Depen, após o governo federal identificar que as obras não criariam novas vagas no sistema prisional.
Valor devolvido: R$ 180.000 (contrato firmado em 2008)
Obra: Reforma do hospital penitenciário Professor Otávio Lobo.
Motivo: A Secretaria da Justiça e Cidadania do Ceará informou que o dinheiro federal foi devolvido porque o valor equivalia a cerca de 10% do R$ 1,5 milhão necessário para a obra. Segundo o Ministério da Justiça, o contrato foi desfeito após descumprimento de prazo contratual.
Valor devolvido: R$ 1.611.929 (contrato firmado em 2008)
Obras: Reforma no Centro de Progressão Penal e substituição da cobertura do local.
Motivo: A Secretaria de Segurança Pública do DF informou que o valor da devolução divulgado pelo Ministério da Justiça não confere. De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, houve uma devolução ao governo federal de R$ 1.211.141 no final de 2013, referente à licitação de geolocalizadores para viaturas que não foram comprados devido a "especificações inadequadas do produto".
Valor devolvido: R$ 13.413.795 (contratos firmados em 2006, 2008, 2009 e 2011)
Obras: Reforma da Colônia Industrial Semi-Aberto; construção de Presídio de Segurança Máxima em Aparecida de Goiânia; reforma da Cadeia Pública de Santa Helena; presídio Regional em Senador Canedo.
Motivo: A Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça de Goiás informou que tanto a reforma na colônia industrial quanto a construção do presídio em Aparecida de Goiás foram cancelados por decisão unilateral do Depen, após mudança na política prisional do governo federal em 2011. Já a reforma da cadeia pública foi cancelada, segundo o governo do estado, devido a um decreto presidencial que cancelou diversos contratos entre estados e municípios. Já o presídio da cidade de Senador Canedo teve o contrato cancelado, segundo a secretaria estadual, por descumprimento do prazo de dois anos para formalizar o convênio e elaborar os projetos de execução e a prefeitura do município desistir de ceder o terreno para a obra.
Obras: Construção do presídio Regional de Pinheiros e das cadeias públicas de Pinheiros e de Santa Inês.
Motivo: O governo do Maranhão informou que o cancelamento dos contratos ocorreu após o Depen rejeitar alterações feitas nos projetos pela Secretaria de Administração Penitenciária do estado a pedido do próprio governo federal. Segundo o governo maranhense, as cadeias cujos contratos foram anulados estão sendo
Valor devolvido: R$ 15.200.411 (contratos firmados em 2008, 2009, 2010 e 2013)
Obras: Ampliação de cinco cadeias públicas (Aquiduana, Campo Grande, Buriti, Navirai, Ponta Porã e Três Lagoas) e um presídio; construção de uma penitenciária feminina em Campo Grande.
Motivo: A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário do Mato Grosso do Sul informou que as obras não foram adiante porque a resolução que muda as normas de arquitetura das unidades prisionais aumentou a contrapartida financeira que o estado teria de fazer e inviabilizou o investimento. Segundo o governo estadual, o Mato Grosso do Sul refez os projetos e substituiu as obras canceladas pelo projeto de três cadeias públicas em Campo Grande.
Valor devolvido: R$ 12.244.032 (contrato firmado em 2007)
Obra: Construção do presídio de Ribeirão das Neves.
Motivo: A Secretaria de Defesa Social do estado informou que o contrato foi cancelado porque o repasse dos recursos não teria sido aprovado pela Caixa Econômica Federal. Apesar de o repasse ter sido devolvido em 2012, segundo o governo mineiro, outro contrato foi assinado recentemente com o Depen com o mesmo objetivo, no valor de R$ 11 milhões.
Valor devolvido: R$ 882.511 (contratos firmados em 2008 e 2010)
Obra: Construção de módulo de saúde na Penitenciária de Marituba e de salas de aula para o CRA.
Motivo: A Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará informou que o contrato do módulo de saúde foi cancelado por não haver recurso do estado para contratar técnicos e adquirir equipamentos. Em relação às salas de aula, o estado informou não ter tido recursos para garantir a quitação do valor que deveria ter sido pago pela obra.
Valor devolvido: R$ 6.292.281 (contratos firmados em 2005, 2009 e 2011)
Obras: Conclusão da Penitenciária de Cajazeiras; construção de Penitenciária Feminina de Segurança Máxima; ampliação da Penitenciária de João Pessoa e reforma do Presídio de Santa Rita.
Motivo: O secretário de Administração Penitenciária da Paraíba, Wallber Virgolino, afirmou ao G1 que o período das devoluções se refere a outra gestão e disse não ter informação sobre o motivo de as obras não terem sido executadas. Segundo ele, o governo estadual arcou com os custos da reforma feita em 2013 no Presídio de Santa Rita e arcará com a que será feita neste ano no presídio de João Pessoa, com R$ 2 milhões já autorizados.
Valor devolvido: R$ 33.517.131 (contrato firmado em 2010)
Obra: Reforma da estrutura física da antiga fábrica Tacaruna para implantação do Centro Estadual de Cidadania Padre Henrique.
Motivo: O dinheiro não foi transferido, segundo a Secretaria de Defesa Social, porque o governo federal não aprovou o projeto apresentado por não adequação "às questões ambientais, patrimônio público, impactos viários, acessibilidades, licenças diversas".
Valor devolvido: R$ 26.749.929 (contratos firmados em 2006 e 2008)
Obras: Reforma de presídio em Campos; construção de estabelecimentos Penais Estaduais e reforma geral de Instituto Vieira Ferreira Neto; construção de residência para idosos; construção da Cadeia de Magé; construção do Centro de Observação no Presídio da Polinter; reforma na Penitenciária Alfredo Tranjan e no Instituto Candido Mendes; construção de centro de observação em Complexo de Gericinó, em Bangu; reforma da Penitenciária Serrano Neves.
Motivo: O governo estadual informou que, devido à mudança de gestão, as obras de construção e reforma passaram a ser coordenadas por órgãos diferentes. De acordo com a Secretaria de Obras fluminense, os recursos do Depen, em parceria com a Caixa Econômica Federal, foram ampliados para a construção de duas cadeiras públicas, uma feminina e uma masculina, com investimentos de R$ 18.724.871,31 e R$ 12.057.983,83, respectivamente.
Valor devolvido: R$ 14.370.557 (contratos firmados em 2009, 2010 e 2011)
Obras: Construção da Cadeia de Macau, de Ceará-Mirim, da unidade prisional de Lajes e reforma da unidade psiquiátrica do Complexo Penal Dr. Chaves.
Motivo: O governo potiguar não esclareceu sobre as obras apontadas no levantamento de devolução do Ministério da Justiça, mas informou que foram devolvidos R$ 10,4 milhões de convênios firmados entre 2007 e 2010. O motivo do cancelamento, segundo o governo estadual, foram entraves burocráticos, como falta de documentação de imóveis e problemas em licitação.
Obras: Construção da Coordenadoria de Perícias de Bagé; da Penitenciária de Bento Gonçalves e de Passo Fundo; de albergue junto ao Presídio Municipal de Bagé; reforma do alojamento do Instituto Penal Viamão e da Casa de Albergado Padre Pio Buck; construção de albergue em Porto Alegre e de módulo de saúde em local não discriminado.
Motivo: De acordo com a Superintendência de Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul, em Bento Gonçalves e em Passo Fundo, houve demora no processo de execução das obras devido a recursos impetrados pelo Ministério Público contra a localidade de um dos presídios e contra um dos processos licitatórios. A razão do cancelamento dos demais contratos não foi informada.
Valor devolvido: R$ 323.080 (contrato firmado em 2011)
Obra: Implantação de Educação para Jovens e Adultos na Casa de Detenção Dr. José Mario Alves da Silva.
Motivo: De acordo com a assessoria de imprensa do governo de Rondônia, não foi possível executar o projeto devido a problemas técnicos. Além disso, informou que a devolução do dinheiro ocorreu devido à assinatura de decreto presidencial que determinava o cancelamento do repasse de contratos não executados.
Valor devolvido: 2.153.528 (contrato firmado em 2012)
Obras: Reforma do Hospital de Custódia e Ampliação do Presídio de Areia Branca.
Motivo: A Assessoria de Planejamento da Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa ao Consumidor de Sergipe informou que a ampliação do presídio foi prejudicada por atrasos da empresa responsável pela obra, o que levou à rescisão do contrato. Apesar de o governo estadual ter realizado licitação para contratar outra empresa, o contrato foi cancelado devido ao decreto presidencial que determinava a anulação de obras com os estados que não tivessem começado. Quanto ao dinheiro para a reforma do hospital, o estado informou que o recurso não chegou.
Valor devolvido: 14.708.591 (contrato firmado em 2009)
Obras: Construção da Penitenciária de Araguaína.
Motivo: A Secretaria de Defesa Social do Tocantins informou que o cancelamento do contrato ocorreu devido à constatação de que, durante a licitação, a proposta vencedora apresentava valores superfaturados. A proposta previa valor total para a obra de R$ 19.111.412. A pasta concluiu que os atos praticados no processo violavam as normas constitucionais, o que justificaria a anulação do certame.
Fonte: G1