Já estão abertas as inscrições para a 6ª edição do Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos. O lançamento aconteceu nesta segunda-feira (7), em cerimônia na Corregedoria Geral da Justiça do Rio de Janeiro. Os magistrados destacaram a luta da juíza, assassinada em 2011, em defesa da dignidade humana.
“O Prêmio tem como objetivo principal resgatar a memória da Patrícia, juíza tão importante que dedicou a sua vida ao trabalho. É uma homenagem e uma preservação de sua história. O Prêmio é uma joia, um momento muito importante de aproximação com a sociedade”, afirmou a presidente da AMAERJ, Renata Gil.
Ela destacou que a premiação apresenta práticas positivas e inovadoras. “Nosso trabalho é semear a nova geração a olhar para os direitos humanos”, disse.
Para o presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Domingos Meirelles, o Prêmio é importante para todos os profissionais. “A premiação se reveste de uma significação especial, pois homenageia todos os jornalistas que se envolveram na investigação para que os responsáveis pelo assassinato fossem identificados e responsabilizados. Vida longa ao Prêmio.”
O presidente do TJ-RJ, Milton Fernandes, parabenizou a AMAERJ pela iniciativa. “A memória da juíza Patrícia Acioli extrapola o âmbito jurídico e incentiva trabalhos com resultados sociais expressivos”, disse.
Terceira colocada do Prêmio em 2016 (Trabalhos dos Magistrados), com o projeto “Família Legal”, a juíza Noeli Reback (TJ-PR) afirmou que decidiu participar do concurso pela relevância de Patrícia Acioli. “A morte de Patrícia não foi em vão. Temos a obrigação de reverter a situação absurda de violência. Não podemos nunca nos sentirmos desanimados. Depois do prêmio, a nossa equipe se sentiu muito mais animada e tivemos uma ótima resposta. Este ano, regularizamos mais de 100 famílias.”
Jurado do Prêmio em 2016, o professor Marcelo Alves Lima afirmou que a premiação potencializa o legado de Patrícia Acioli e oferece visibilidade a projetos com enorme potencial.
Ainda compuseram a mesa da cerimônia o corregedor-geral da Justiça do Rio, Claudio de Mello Tavares, a diretora de Direitos Humanos e Proteção Integral da AMAERJ, Marcia Succi, o defensor público-geral André Luís de Castro e o procurador Eduardo Lima Neto. Também estiveram presentes os filhos de Patrícia Acioli, Mike Chagas, Ana Clara e Maria Eduarda.
O lançamento contou com a apresentação da Orquestra da Providência Som+Eu e do conjunto Le Quartier Jazz, que tem como integrante o juiz Carlos Saraiva (diretor Cultural da AMAERJ).
Assista aqui à reportagem da TV Globo.
Inscrições
Aberto para todo o Brasil, o Prêmio prestigia iniciativas excepcionais que contribuam para a sociedade, em quatro categorias, todas com o tema “Direitos Humanos e Cidadania”: Reportagens Jornalísticas, Trabalhos dos Magistrados, Práticas Humanísticas e Trabalhos Acadêmicos. As inscrições estão abertas até 16 de setembro, pelo site www.amaerj.org.br/premio.
Um júri composto por especialistas de destaque nas quatro áreas selecionará os trabalhos. A cerimônia de premiação será em 6 de novembro, no Tribunal Pleno do TJ-RJ.
Cada categoria terá cinco finalistas. O primeiro colocado de cada uma delas receberá R$ 15 mil, o segundo lugar R$ 10 mil, e o terceiro R$ 5 mil. Os três primeiros ganharão também um troféu, e os demais finalistas terão Menção Honrosa. Na categoria Trabalhos dos Magistrados, os três primeiros colocados receberão um troféu.
A AMAERJ também vai homenagear uma personalidade com notável atuação na área, que receberá o Troféu Hors-Concours.
O Prêmio tem como parceiros Caixa Econômica Federal, Multiplan, Confederação Nacional do Comércio (CNC) e Anoreg-RJ (Associação dos Notários e Registradores do Brasil-RJ). A premiação tem o apoio do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Criada em 2012, a premiação celebra a memória da juíza, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, morta em 2011, em Niterói, por policiais militares.