Nelson Missas divulga nota na qual classifica de inverídicas declarações do presidente da AMB
Em razão das declarações do presidente da AMB, sobre a renúncia coletiva de 22 diretores da entidade, venho prestar os seguintes esclarecimentos:

Assim como ocorreu, nesses dois anos e meio de gestão, mais uma vez o presidente da AMB faltou com a verdade. Primeiro, disse que apenas o secretário-geral havia apresentado seu pedido de renúncia, quando, na verdade, foram 24 diretores, dos quais 22 agiram coletivamente.

Depois, disse que é por insatisfação, pelo fato de não ter sido escolhido como o candidato a presidente da entidade.

Se assim o fosse, será que em outubro de 2012, o diretor-tesoureiro da entidade teria colocado o seu cargo à disposição do presidente também por não ter sido o candidato a sua sucessão?

Em seguida, o diretor de Prerrogativas seguiu o mesmo caminho. Seria também outro pretenso candidato?

E agora? Será que os outros 21 também queriam ser candidatos?

Pela grandeza da AMB e pelo valor da magistratura brasileira, entendo que essa é uma justificativa muito simplória.

Calandra sabe bem os motivos que levaram um grupo tão grande a se afastar da sua gestão e deveria, em respeito à magistratura brasileira e à sociedade, explicar as razões pelas quais trocou, durante apenas dois anos de gestão, quatro vezes o diretor-geral da entidade; quatro vezes o diretor-tesoureiro e, dos 32 funcionários, demitiu 23.

Tenho responsabilidades junto à magistratura e aos meus colegas e não avalizo práticas não republicanas. Mais do que ser presidente, preservo o orgulho e o respeito junto aos colegas.

Esses são os esclarecimentos que tenho a prestar em razão das infelizes declarações do presidente da AMB. Mas é ele quem deveria explicar o desvirtuamento da gestão política e administrativa da entidade. Nestes três anos de gestão, a magistratura não obteve as conquistas desejadas, além de descontrole administrativo.

Belo Horizonte, 5 de junho de 2013

NELSON MISSIAS DE MORAIS
Ex-secretário-geral da AMB