Prosseguindo o ciclo de palestras da 1ª Semana das Famílias no Fórum Lafayette ocorrido ontem, a presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família de Minas Gerais (Ibdfam), Fabíola Meijon, iniciou os trabalhados da 4ª e última mesa, da qual foi a coordenadora. A matéria abordada foi As diversas faces da Violência familiar: negligência, abusos, alienação parental. Fabíola Meijon lembrou que soluções são construídas, não podem ser impostas.
Na busca de soluções para modificar os conflitos familiares, magistrados, promotores, psicólogos, assistentes sociais e especialistas apresentaram, nesses três dias, propostas de uma ampla reflexão sobre as famílias contemporâneas.
A 1ª Semana das Famílias é uma realização do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), através do Grupo de Mediação do Fórum Lafayette, e tem o apoio da Direção do Foro da comarca de Belo Horizonte, da Escola Judicial “Desembargador Edésio Fernandes” e da Assessoria de Comunicação Institucional do Fórum Lafayette.
4ª Mesa
A psicóloga e mediadora do TJMG, Letícia Greco Rodrigues, foi a primeira palestrante desta fase e falou sobre a Síndrome da Alienação Parental. A psicóloga alertou que, muitas vezes, o discurso da criança é uma repetição da fala da mãe (ou guardião), mas não traduz o que ela sente ou pensa. Como exemplo, ela citou o caso de uma criança, presente no momento de um trabalho de mediação para tentativa de aplicação da guarda compartilhada. Quando a criança entrou na sala e viu o pai, correu para abraçá-lo e beijá-lo, dizendo: “papai, eu te odeio”.
O juiz Relbert Chinaidre Verly, da 13ª Vara Criminal, abordou o tema da Violência Familiar, mais especificamente sobre as demandas das varas especializadas na Lei nº 11.340/06, Lei Maria da Penha. Disse que questões culturais, através de ditados como em briga de marido e mulher não se mete a colher, impedem que mulheres procurem ajuda, no caso de estarem sofrendo ameaças e agressões. Finalizou citando a reflexão da desembargadora Márcia Milanez, 3ª vice-presidente do TJMG, da qual também compartilha, sobre a necessidade de ser realizada uma cruzada pela pacificação. O magistrado apontou o amor e o perdão como poderosos aliados na construção de uma sociedade pacífica.
Tânia Mara Liberato Vargas, psicóloga da Vara da Infância e da Juventude, foi a última palestrante e abordou a violência praticada contra crianças. Ela discorreu sobre os fatores que predispõem pais a usarem de violência com os filhos, assinalando que pode ser um legado: pais que sofreram violência na infância, tendem a ser violentos com os filhos. “Negligências, abusos repetidos de geração em geração”, destacou.
Encerramento
Finalizando o evento, o corregedor-geral de Justiça desembargador Célio César Paduani destacou a importância da realização de encontros como esse, em que são debatidos temas contemporâneos, agregando pessoas, idéias e experiências, trazendo aprendizado para todos os envolvidos. O evento foi encerrado com uma intervenção teatral do grupo Mensageiros do rei.
Fonte: TJMG
Na busca de soluções para modificar os conflitos familiares, magistrados, promotores, psicólogos, assistentes sociais e especialistas apresentaram, nesses três dias, propostas de uma ampla reflexão sobre as famílias contemporâneas.
A 1ª Semana das Famílias é uma realização do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), através do Grupo de Mediação do Fórum Lafayette, e tem o apoio da Direção do Foro da comarca de Belo Horizonte, da Escola Judicial “Desembargador Edésio Fernandes” e da Assessoria de Comunicação Institucional do Fórum Lafayette.
4ª Mesa
A psicóloga e mediadora do TJMG, Letícia Greco Rodrigues, foi a primeira palestrante desta fase e falou sobre a Síndrome da Alienação Parental. A psicóloga alertou que, muitas vezes, o discurso da criança é uma repetição da fala da mãe (ou guardião), mas não traduz o que ela sente ou pensa. Como exemplo, ela citou o caso de uma criança, presente no momento de um trabalho de mediação para tentativa de aplicação da guarda compartilhada. Quando a criança entrou na sala e viu o pai, correu para abraçá-lo e beijá-lo, dizendo: “papai, eu te odeio”.
O juiz Relbert Chinaidre Verly, da 13ª Vara Criminal, abordou o tema da Violência Familiar, mais especificamente sobre as demandas das varas especializadas na Lei nº 11.340/06, Lei Maria da Penha. Disse que questões culturais, através de ditados como em briga de marido e mulher não se mete a colher, impedem que mulheres procurem ajuda, no caso de estarem sofrendo ameaças e agressões. Finalizou citando a reflexão da desembargadora Márcia Milanez, 3ª vice-presidente do TJMG, da qual também compartilha, sobre a necessidade de ser realizada uma cruzada pela pacificação. O magistrado apontou o amor e o perdão como poderosos aliados na construção de uma sociedade pacífica.
Tânia Mara Liberato Vargas, psicóloga da Vara da Infância e da Juventude, foi a última palestrante e abordou a violência praticada contra crianças. Ela discorreu sobre os fatores que predispõem pais a usarem de violência com os filhos, assinalando que pode ser um legado: pais que sofreram violência na infância, tendem a ser violentos com os filhos. “Negligências, abusos repetidos de geração em geração”, destacou.
Encerramento
Finalizando o evento, o corregedor-geral de Justiça desembargador Célio César Paduani destacou a importância da realização de encontros como esse, em que são debatidos temas contemporâneos, agregando pessoas, idéias e experiências, trazendo aprendizado para todos os envolvidos. O evento foi encerrado com uma intervenção teatral do grupo Mensageiros do rei.
Fonte: TJMG