Na tarde de quinta-feira, 27 de agosto, foi a vez de a comunidade do Fórum Lafayette comemorar os 15 anos do TJ Criança Abriga, instituição de acolhimento provisório para crianças de três a seis anos em situação de risco social e/ou pessoal. Um dos propósitos da visita, que trouxe crianças, funcionários, membros da diretoria e voluntários ao ambiente forense, foi sensibilizar as pessoas para as necessidades da entidade, que se mantém graças a doações de servidores do Judiciário e a um convênio com a Prefeitura de Belo Horizonte.

Os três meninos e quatro meninas, impecáveis em suas roupinhas de sair, se entusiasmaram com a quebra na rotina: passeio de carro, o segundo bolo confeitado da semana, mudança de ares. Correndo pelo saguão e observando o painel de fotos dos 35 anos do Fórum Lafayette, eles não perturbaram a realização do leilão, mas chamaram a atenção dos circunstantes, que, ao aproximarem-se, ganharam fatias da iguaria e puderam conhecer um pouco mais sobre a entidade e as possibilidades de apoiá-la.

Segundo a presidente do TJ Criança Abriga, Vânia Cláudia Ferreira, a maior parte das pessoas que contribuem para a casa ainda é da Segunda Instância, mas também existem colaboradores que atuam na Primeira Instância. Atualmente, a instituição atende dez crianças, contando com um quadro funcional de 14 pessoas em regime celetista. A diretoria é composta de serventuários aposentados ou da ativa. Há, além disso, voluntários.

Psicóloga de formação, a coordenadora Alessandra Belmonte explica que as crianças são acompanhadas de perto, de forma que suas dificuldades possam receber atenção especial para que elas se desenvolvam enquanto estão no local. Também são tomadas providências para ajudar esses pequeninos. Eles geralmente vêm de ambientes onde não há condições adequadas de moradia, nem acesso a escola ou tratamentos de saúde, e alguns deles são abrigados porque sofreram violência física ou psicológica.

A servidora aposentada Maria Edna Guerra Semin, conhecida como vovó Edna, é voluntária no TJ Criança Abriga há 14 anos e se recordou da época em que trabalhava no quarto andar do prédio do fórum, quando ele era ocupado pela Corregedoria-Geral de Justiça. Ela fez parte, com apenas mais uma colega, da primeira turma de oficiais de justiça que incluiu mulheres na Capital. Além disso, foi conciliadora, experiência que ela avalia como excelente e da qual diz ter boas lembranças. Na instituição de acolhimento, vovó Edna ajuda na cozinha e na realização das tarefas escolares, já que também foi professora.

Quer ajudar? Conheça a página do TJ Criança Abriga. É possível apadrinhar crianças ou fazer doações em dinheiro ou de itens de alimentação, material escolar e higiene pessoal. Os servidores interessados em contribuir para a manutenção da organização filantrópica podem requerer o desconto de quantia mensal em folha.



Fonte: TJMG