Tendo como tema o questionamento “Quem tem medo de mudanças?”, foi realizado na manhã de ontem, 3 de dezembro, no Fórum Lafayette, o 14o Encontro de Gestores da Primeira Instância de Belo Horizonte. O corregedor-geral de Justiça, desembargador Antônio Sérvulo dos Santos, abriu o encontro e participou de toda a programação.

No encontro, o psicólogo empresarial Elias Alves da Costa proferiu palestra sobre as mudanças que os indivíduos enfrentam ao longo da vida. O juiz diretor do Foro de Belo Horizonte, Cássio Azevedo Fontenelle, apresentou o plano de ação para a comarca de Belo Horizonte traçado a partir das diretrizes da Corregedoria.

O Encontro de Gestores da Primeira Instância de Belo Horizonte já está em sua 14a edição e tem por objetivo difundir informações administrativas e ampliar a interação entre os gestores, a Corregedoria e a Direção do Foro. O encontro é uma realização da Gerência de Apoio Administrativo (Geapa) em parceria com a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef).

O corregedor Antônio Sérvulo também falou sobre os desafios que todas as mudanças impõem. “Mudanças devem ser enfrentadas”, disse ele, também destacando as oportunidades profissionais e pessoais que as mudanças trazem.


Com relação ao Processo Judicial eletrônico, o corregedor observou que a automação trazida não substitui a pessoa, que continua fundamental em todo o fluxo. “O ser humano, magistrado ou servidor, continuará controlando e municiando o computador”, afirmou.

Mudança

“Nossas histórias, as que contamos, são de mudanças”, disse o psicólogo empresarial Elias Alves da Costa, em sua palestra. Ele foi lembrando fatos da vida do homem e da história da humanidade que mostram as transformações. “Mudanças nos colocam diante de incertezas e oportunidades”, falou Elias. Em seguida abordou as formas como o ser humano reage às mudanças, destacando as que acredita serem mais benéficas ao indivíduo.

Ele propôs também uma reflexão sobre a aplicação das novidades tecnológicas no dia a dia do homem, inclusive no ambiente de trabalho.

Citando o recém-adotado smartphone, ele falou sobre as mudanças que ocorrem o tempo todo e que, na sua opinião, precisam ser assimiladas. Ele arrancou risos dos participantes ao se lembrar do seu curso de datilografia – que não serve para seu smartphone – e do telex que operou num emprego na década de 1980.

Tendo como base a missão do TJMG, ele defendeu a ideia de que para atingir o objetivo proposto – a missão –, é necessária a absorção dessas novas ferramentas pela instituição. “É preciso se apropriar das modernidades”, enfatizou.

Direção do Foro

O juiz diretor do Foro, Cássio Azevedo Fontenelle, apresentou os principais projetos que pretende implantar na comarca de Belo Horizonte, em parceria com várias áreas do TJ. Contou que o plano inclui a implantação de central de execução de sentenças cíveis e um setor que vai unificar o cadastramento de armas e bens apreendidos.

No arquivo forense, o objetivo da Direção do Foro é atuar na eliminação de processos, a partir da aplicação da tabela de temporalidade, para diminuir a quantidade de feitos arquivados. Nas varas, a cooperação vai atuar em duas frentes, nos gabinetes, com os juízes auxiliares, e nas secretarias, com servidores da Secretaria de Apoio Jurisdicional (Seajur).

Outro plano da Direção do Foro envolve a reestruturação física dos setores da Primeira Instância de Belo Horizonte. A ideia é promover uma redistribuição racional dos setores pelo prédio do fórum, com atenção ao fluxo dos trabalhos desenvolvidos em cada área


Fonte: TJMG