Na manhã de segunda-feira, 17 de abril, encerrou-se o curso Fundamentos para o Desenvolvimento de Boas Práticas Gerenciais, proposto pelo Programa de Desenvolvimento Gerencial (PDG) da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef). A programação apresentou ao público um painel de iniciativas bem-sucedidas, selecionadas pelos próprios participantes, dentre várias propostas adotadas no âmbito do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Na abertura, o 2º vice-presidente e superintendente da Ejef, desembargador Wagner Wilson, externou sua satisfação com os bons resultados da formação e com a qualidade das práticas gerenciais divulgadas na ocasião. Segundo magistrado, os encontros foram um convite à reflexão e ao aperfeiçoamento da formação técnica e humana dos participantes.
“O gestor, ao se comprometer a administrar sua unidade de trabalho, deve ter sempre o olhar voltado para cada um dos integrantes da equipe. O contato diário com perfis, talentos e aptidões diferentes, o que exige sensibilidade e habilidade do gestor para identificar o momento adequado para fazer intervenções. Nesse contexto, ouvir a equipe é imprescindível de forma a detectar procedimentos, posturas, ações que mereçam ser revistos. É essa a dinâmica do trabalho, uma construção diária com base em acertos e erros. Essas, as reflexões apresentadas no curso”, disse o desembargador Wagner Wilson.
Boas práticas
Entre os dias 30 de março a 02 de abril, os participantes do curso tiveram a oportunidade de apresentar boas práticas voltadas para a melhoria do trabalho nas unidades do Poder Judiciário estadual. Essas práticas foram apresentadas em um fórum de discussão. Ao final, foram selecionadas 13 boas práticas.
Foram elas: Sanear, diagnóstico de acervo represado; Motivação e trabalho de equipe; Distribuição diária de tarefas; Gestão de Custos – Plano de Logística Sustentável; Regras de negócio para implantação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI); Avaliação de Desempenho; Projeto de Aprimoramento da fiscalização do foro judicial; Atendimento pré-processual no Juizado Especial Cível da Capital; Execução das tarefas numa escala de 15 dias de trabalho; Organização de mutirões; Rotina de gabinete. Organização dos trabalhos. Conclusão e Devolução de processos. Plano de ação. Reuniões gerenciais de equipe.
No encontro desta segunda-feira, os participantes foram divididos em 35 turmas. Todas as 13 boas práticas foram discutidas entre os gestores. Cada mesa de discussão foi coordenada por um mediador. Um dos mediadores, o juiz Vítor Luis de Almeida, da Vara Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Coronel Fabriciano, comenta que a boa gestão é uma condição indispensável para qualificar a prática da Justiça.
O juiz José Ricardo dos Santos de Freitas Véras, titular da 33ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, comenta que magistrados e servidores devem buscar alternativas para melhoria da prestação jurisdicional, a partir da rotina de trabalho vivenciada no dia a dia. Ele é executor da prática “Rotina de Gabinete. Organização dos Trabalhos. Conclusão e Devolução de Processos”.
A responsável pela secretaria da 11ª Câmara Cível do TJMG, Margarete Gandra Almeida dos Santos, implantou a prática “Distribuição diária das tarefas”. Ela explica que essa prática possibilita a distribuição igualitária das tarefas entre os servidores, diminuindo a sobrecarga e o acúmulo de trabalho no período de férias e faltas. “Esse procedimento torna mais ágil o cumprimento de decisões e despachos, a juntada de petições, o cadastramento de recursos e diminui o tempo de permanência dos autos no cartório”, diz.
As boas práticas, que podem se referir à organização de rotinas e fluxos de trabalho ou à administração de recursos humanos, se caracterizam por sua possibilidade de serem replicadas ou adaptadas em outros setores, não trazerem custos adicionais e promoverem melhorias. Por vezes, elas são muito simples, mas alcançam resultados expressivos.
PDG
Fundamentado no modelo de gestão por competências, o Programa de Desenvolvimento Gerencial (PDG) busca contribuir para a qualificação profissional dos gestores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, incentivando-os a promover a liderança eficaz e oferecendo-lhes subsídios para auxiliar o desempenho na função gerencial.
Nesta edição, iniciada em novembro de 2016 e finalizada hoje, os palestrantes foram: o filósofo Clóvis de Barros Filho; o professor e consultor Joel Dutra; o juiz federal e docente da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Carlos Henrique Borlido Haddad; e o professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG Allan Claudius Queiroz Barbosa.
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom
Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJMG
Foto: Renata Caldeira/TJMG