O 28º Encontro de Capacitação da Corregedoria (Encor) foi aberto na tarde de ontem, 18 de setembro, em Ipatinga, no Vale do Rio Doce. Juízes de 58 comarcas da 3ª Região de atuação da Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ) participam do encontro, que segue até sexta-feira, 20 de setembro. O Encor é uma realização da Corregedoria e da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef).
Na programação do Encor, autoridades, entre elas o corregedor-geral Saldanha da Fonseca (ao centro, de cinza), salientaram os ganhos da eficiência na administração de acervos e pessoas e os resultados do TJMG graças a metodologias de gestão
“Estamos aqui para trocar experiências, debater, refletir e posteriormente retornar para nossas comarcas com ações propositivas para o aperfeiçoamento da Justiça de Primeira Instância”, afirmou o corregedor Saldanha da Fonseca aos participantes. O magistrado destacou que este é o quarto Encor de sua gestão e, como os anteriores, concentrou o foco na gestão de pessoas e das unidades Judiciárias.
O presidente da Amagis, desembargador Alberto Diniz, participou do evento, e reuniu-se com magistrados da região do Vale do Aço, apresentando a prestação de contas da atuação da Associação em Minas e em Brasília, especialmente no Senado, onde tramita a fase final da reforma da Previdência (propostas oficial e paralela), e na Câmara dos Deputados, onde serão votados os vetos do presidente da República aos excessos do projeto sobre abuso de autoridade.
A palestra “Gestão de Pessoas e Mindset: a estratégia eficaz para o engajamento”, proferida pelo filósofo e mestre em psicologia Otávio Grossi, marcou o início dos trabalhos. O planejamento e a gestão de unidades judiciárias, os cartórios e temas rotineiros cotidiano forense integram ainda a programação do 28º Encor.
O corregedor Saldanha da Fonseca destacou a importância de os juízes conhecerem a situação de sua unidade no que se refere a produtividade, custo, satisfação de servidores e jurisdicionados. “A figura do juiz gestor é a que mais desponta neste tempo de desafios”, afirmou.
A fiscalização dos cartórios também foi abordada pelo corregedor em seu pronunciamento. Ele lembrou os juízes que é o dinheiro do Fundo Especial do Poder Judiciário (FEPJ) que custeia obras, investimento em informática, capacitação e treinamento de pessoas e despesas de custeio. “Esse conhecimento é fundamental para que tenhamos consciência da necessidade de uma fiscalização efetiva em relação ao recolhimento das custas e taxas”, disse.
“Tenho a convicção de que, ao final deste encontro, as apresentações, a troca de ideias e os debates irão contribuir para a solução dos desafios diários em suas unidades judiciárias”, disse o corregedor Saldanha da Fonseca.
Representando a 2ª vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e superintendente da Ejef, desembargadora Áurea Brasil, o desembargador Carlos Roberto de Faria afirmou que o Encor “tem produzido um fenômeno extraordinário de melhoria na qualidade, de forma objetiva, da prestação jurisdicional”.
O desembargador Carlos Roberto Faria enalteceu o trabalho de formação feito pela Ejef atualmente com os juízes. Ele lembrou, ainda, que quando entrou para a magistratura o curso inicial durava três dias e, hoje, a Ejef trabalha com novos juízes por um prazo de 4 a 6 meses.
O juiz convocado Fábio Torres de Souza representou o presidente do TJMG, desembargador Nelson Missias de Morais. Ele destacou, a gestão profícua do presidente Nelson Missias, que faz do Judiciário mineiro um “time harmônico”.
O juiz Fábio Torres de Souza destacou ainda os dados positivos sobre a Justiça mineira revelados pelo relatório Justiça em Números, divulgado pelo Conselho Naciona de Justiça (CNJ). Ele salientou o fato de o TJMG apresentar menor gasto por habitante, na comparação com os maiores tribunais, ter melhorado sua produtividade.
Fonte: TJMG