Economia de papel, água e energia e uso de recipientes próprios para separar material reciclável do lixo. Essas são algumas iniciativas de melhor utilização dos recursos e de sustentabilidade adotadas pela Comarca de Juiz de Fora. De 2015 a 2016, houve redução de 2,97% de energia, isto é, 10.767kWh, o que corresponde a 100 mil lâmpadas de 100 watts.
Segundo o diretor do foro de Juiz de Fora, Paulo Tristão, esse resultado é fruto de um trabalho de conscientização iniciado há mais de um ano. “Há uma reeducação na comarca e isso é contínuo. As solicitações internas são feitas por e-mail e não papel. Há melhor controle do uso do telefone. Solicitamos também a troca dos aparelhos de ar condicionado e computadores por modelos mais modernos que consomem menos energia”, avalia.
O juiz, recentemente, determinou a retirada de lâmpadas de locais que possuíam boa iluminação natural e a paralisação do funcionamento de um dos três elevadores do fórum, sem prejuízo ao conforto e ao atendimento. “Não houve resistência e não vejo necessidade de religá-lo por ora. Temos de criar o hábito de subir e descer escadas quando possível. Às vezes, essa é a única atividade física que a pessoa faz no dia”, comenta.
Dica
Um dos grandes vilões no consumo de energia, que vem sendo combatido pela comarca, é o ar condicionado, segundo Eduardo Castilho, representante da Diretoria Executiva de Engenharia e Gestão Predial (Dengep) no grupo executivo de racionalização do consumo de recursos naturais. “Ninguém gosta, porque às vezes interfere no conforto, mas o principal alvo para redução do consumo é o ar condicionado. A sugestão é que as pessoas liguem o ar uma hora depois de iniciar o trabalho e desliguem uma hora antes de terminar.”
Segundo ele, a troca dos aparelhos de ar condicionado por modelos mais eficientes e menos dispendiosos vem sendo feita gradativamente.
Coleta seletiva
Para complementar o trabalho de sustentabilidade, o juiz da Vara de Execuções Criminais (VEC), Evaldo Elias Penna Gavazza, após receber as orientações do TJMG sobre como descartar corretamente o material de uso diário, junto com o diretor do foro, acionou o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) de Juiz de Fora, solicitando compartimentos separados para o descarte do material reciclável. “Não ia adiantar nada separar, se no final o lixo fosse misturado com material reciclável, na hora da coleta. Por isso, acionamos a parceria que já temos com o Demlurb, onde atuam 140 presos.”
Para o juiz, propiciar meios de trabalho aos detentos “alivia a tensão do sistema prisional gerada pelo ócio e mostra que a Justiça confia e tem esperança neles, é a face da sociedade para eles, pois promove oportunidades”. É o juiz da VEC quem analisa a progressão de regime dos presos e autoriza o trabalho externo.
Ajudas como essa vão ao encontro do conceito de sustentabilidade, que engloba aspectos ambientais, sociais e econômicos, afirma o juiz.
Solicitação de material e outras medidas
O voluntário da Comissão de Apoio à Logística Sustentável (Calsu) na comarca, Afonso Sasso, disse que as medidas têm funcionado bem e gerado economia. “Hoje, em vez de receber pelos Correios o material de escritório solicitado, buscamos em Belo Horizonte, uma vez por mês. Isso representa um terço do valor cobrado pelos Correios.”
O oficial judiciário Gustavo José do Nascimento Trindade, que apoiou a Administração em 2014, lembra que algumas iniciativas iniciaram nessa época, como redução do uso do ar condicionado e troca dos aparelhos. Outra mudança foi a criação de uma copa para todos os servidores. “Antes, cada secretaria tinha uma minicopa, e nessa época havia piques de energia no prédio”, recorda-se. Para ele, cada ação é válida, seja ela pequena ou grande, pois interfere diretamente no ambiente de trabalho e na qualidade de vida de muitas pessoas. O diretor do foro ressalta que às vezes é necessária apenas uma leve mudança de comportamento.
Saiba mais sobre o Programa de Sustentabilidade do TJMG.
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional do TJMG