Quando era juiz na Comarca de Perdões, no Centro-Oeste mineiro, em 1999, o magistrado Sérgio Luiz Maia criou o ‘Projeto Vida Nova’, para desenvolver a formação e educação do cidadão para a vida em sociedade, principalmente entre as crianças e adolescentes. O projeto continua ativo até hoje em Perdões.


Agora, o juiz Sérgio Luiz Maia conseguiu implantar o
 ‘Projeto Vida Nova’ em sua atual Comarca, Nepomuceno, no Sul de Minas, de modo a dar oportunidade de lazer e educação a menores em conflito com a lei e carentes.

De acordo com o magistrado, a motivação surgiu quando, acompanhando o caso de um menor em especial, entendeu que de nada adiantaria confiná-lo em uma instituição sem tentar dar a ele oportunidades ou compreender a realidade em que vivia.  


Desta forma, nasceu o ‘Projeto Vida Nova’, na Comarca de Perdões e ampliado agora para Nepomuceno, visando construir a noção de cidadania em crianças e adolescentes em situação de risco, promovendo a socialização e desenvolvendo talentos, além de possibilitar a recuperação da autoestima e uma melhor convivência familiar e social. 

O Projeto é desenvolvido pelo Poder Judiciário em parceria com o Conselho Tutelar, escolas, Prefeitura, Polícia Militar, Associação Comercial, empresas privadas e outras instituições da comunidade.  

São desenvolvidas atividades como futebol, aula de pintura, dança, teatro, marcenaria, computação, Tae Kwon-Do, musculação, capoeira, aulas de violão e canto. Também são entregues às famílias uma cesta básica mensal em visitas domiciliares e realizadas reuniões de pais, de forma semestral, o que, de acordo com o magistrado, representam uma parte importante do Projeto.   

Em parceria com empresas locais, o ‘Vida Nova’ ainda oferece, em determinados casos, oportunidades no mercado de trabalho, possibilitando aumentarem a renda familiar e se sentirem parte produtiva da sociedade.   

O juiz Sérgio Maia observa que, ao reunir todos os segmentos da sociedade em defesa dos direitos da infância e da adolescência, é possível construir um mundo melhor para todos. “Essa experiência educativa é uma janela de onde afiguram-se novas possibilidades de socialização, mostrando outro processo referencial para a sua identidade através de ações que focalizam a pessoa, o perceber-se como pessoa, e como tal, localizar-se num lugar dentro da sociedade”, destaca.