Em solenidade realizada na noite desta sexta-feira, 17, o juiz Marcos Flávio Lucas Padula, titular da Vara Cível da Infância e da Juventude de Belo Horizonte, recebeu o título de Cidadão Honorário do Estado de Minas Gerais, por indicação do deputado Antônio Carlos Arantes.

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Na abertura do evento, o deputado Antônio Carlos, representando o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adalclever Lopes, destacou a honra e a satisfação em homenagear o magistrado em uma noite em que, segundo ele, provoca uma reflexão sobre a nobreza de um caráter marcado pela simplicidade. “Nós mineiros só temos a agradecer ao homenageado desta noite que faz tanto bem às nossas crianças e adolescentes na Vara da Infância e Juventude da capital, e é exemplo de humildade. A homenagem representa o reconhecimento jurídico edificado sobre o trabalho e a ética”, destacou.

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Ao fazer uso da palavra, o juiz Marcos Padula abriu seu discurso citando versos de João Guimarães Rosa que diz “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta a daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. O magistrado manifestou a honra em receber o Título e lembrou que de seus 52 anos de idade, 26 passou em Minas Gerais. “Metade do que sou, ou mais da metade, é devida a minha vivência em Minas. Minha realização vocacional como Juiz de Direito se deve às Minas Gerais. Se hoje recebo esta homenagem por serviços prestados às Alterosas, devo dizer que apenas retribuo a oportunidade que Minas me concedeu de crescimento profissional e espiritual”, disse. O homenageado falou sobre os 25 anos de magistratura, dos quais 20 anos vividos na Justiça da Infância e Juventude, cargo considerado por muitos sacrificado e desgastante, mas que “também proporciona uma satisfação e alegria que é quase impossível de explicar. É estranho, depois de tantas lutas pelo bem estar e recuperação das famílias e pela acolhida de crianças pela adoção, hoje esteja eu sendo acolhido também como filho adotivo de Minas Gerais”, afirmou. Leia aqui o discurso completo do juiz Marcos Padula.

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Diversas autoridades compareceram ao evento, entre elas, o presidente da Amagis, desembargador Herbert Carneiro; o superintendente da Coordenadoria da Infância e da Juventude (Coinj) do TJMG, desembargador Wagner Wilson; o presidente da Associação Brasileira de Juízes da Infância e da Juventude, desembargador Tarcísio José Martins Costa; o desembargador Isalino Lisboa; a promotora de Justiça da Infância e Juventude, Maria de Lourdes Rodrigues; o vereador de Belo Horizonte, professor Wendel Mesquita; além de familiares e amigos do magistrado homenageado.

O evento, que lotou o plenário e as galerias da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, contou com a apresentação do Coral e Orquestra Infantojuvenil do TJMG, que foi aplaudido de pé pelo homenageado e por todos os presentes.

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Marcos Padula nasceu em São Paulo. Graduado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco (Universidade de São Paulo) e pela Faculdade de Letras de Nancy, na França, ingressou na magistratura mineira em outubro de 1989.

Antes de chegar a Belo Horizonte, o magistrado atuou nas comarcas mineiras de Guapé, Paraisópolis e Uberaba. Em Uberaba, ele foi juiz titular da Vara da Infância e da Juventude e professor de direito de família na Universidade de Uberaba (Uniube).

Em 2002, chegou a Belo Horizonte como 9º juiz de direito auxiliar, cooperador na Vara da Infância e da Juventude, ficando no cargo até fevereiro de 2004, quando assumiu a titularidade da Vara Única da Infância e da Juventude. Em junho de 2004, quando a Vara Única foi desmembrada em Vara