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O juiz Thiago Conalgo Cabral, da Comarca de Governador Valadares, foi o vencedor do Prêmio Innovare 2013, na categoria juiz, com projeto que torna mais eficiente a execução penal. O vice-presidente Legislativo eleito da AMB, desembargador Nelson Missias, e o diretor-presidente eleito da Escola Nacional da Magistratura, juiz Marcelo Piragibe, participaram da solenidade de entrega, que aconteceu nesta quinta-feira, 28, no STF. A Amagis já havia entrevistado o magistrado sobre o projeto.

Leia entrevista abaixo:

Com uma prática considerada inovadora, o juiz Thiago Colnago Cabral, da Vara de Execuções Penais da Comarca de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, é um dos concorrentes ao Prêmio Innovare de 2013. A metodologia incorporada com a prática, criada há um ano, concentra as providências relacionadas ao processo na audiência, assegurando que o julgamento e eventual obtenção de benefícios sejam promovidos na mesma data.

Qual a inovação da metodologia?

A principal mudança proposta é a modificação da chamada “lógica do sistema de execução penal”. Com a nova prática, os sujeitos processuais deixam de utilizar os sistemas gerenciais para identificar processos com benefícios vencidos, passando a se valer das informações disponíveis com o objetivo assegurar que – organizando a pauta de audiências – o julgamento e eventual obtenção de benefícios sejam promovidos exatamente na data em que o sentenciado cumprirá parcela mínima da pena exigida para sua implementação.
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Quais as vantagens alcançadas com essa metodologia?

O encerramento completo dos casos por lapso superior ao legal, aumento da disciplina carcerária a partir do incentivo ao bom comportamento, já que os sentenciados constatam que há termo final para a obtenção do benefício, redução dos atos processuais e redução efetiva e célere da superpopulação carcerária, tendo como consequência a redução de despesas com recursos públicos.

Com a nova prática, como a atuação do magistrado repercute na sociedade?

Com a nova metodologia, a atuação do magistrado da Vara de Execuções Penais assume papel relevante no tratamento de um dos importantes problemas do poder público, a superpopulação carcerária. Além de contribuir para a ressocialização por estimular o aumento da disciplina carcerária, a prática reduz substancialmente o risco de encarceramento indevido por lapso superior ao designado em lei, reforçando os direitos humanos dos sentenciados.