O juiz Nelson Missias de Morais, sumariante do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, recebeu hoje a denúncia contra M.A.T., acusado de estuprar e matar A.C.M.A., em abril de 2009, no bairro Alto dos Pinheiros, região noroeste da Capital.

O magistrado decretou a prisão preventiva do acusado, para garantir a ordem pública e acautelamento do meio social, “uma vez que os delitos, em tese, cometidos pelo acusado, causaram comoção na comunidade belo-horizontina e, por que não dizer, nacional”, comentou. Nelson Missias também observou que os fatos narrados na denúncia revelam o réu como um indivíduo frio, cruel, perigoso e de extrema insensibilidade moral. “Os delitos geraram repulsa na sociedade, merecendo, assim, uma resposta do poder público”, frisou.

A data da audiência para a oitiva de testemunhas e o interrogatório do acusado ainda não foi marcada.

M.A.T. foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado (por motivo torpe, fútil, asfixia, com recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime); por constranger a mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça; por furto e por expor a vida ou a saúde de outra pessoa a perigo direto e iminente.

Os promotores Francisco de Assis Santiago e Paulo Roberto Santos Romero relataram na denúncia que, no dia 16 de abril, a vítima A.C. estava em seu carro, acompanhada pelo filho de um ano e meio, no bairro Industrial, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. De súbito, ela foi abordada por M.A.T., que dissimulou um assalto, entrou no veículo e determinou que ela conduzisse o carro para outro local.

Após manter relações sexuais com a vítima, M.A.T. estrangulou-a com um cadarço, causando-lhe a morte por asfixia. Em seguida, ele assumiu a direção do veículo e foi para o campo de futebol conhecido por Campo Reunidas, no bairro Alto dos Pinheiros, em Belo Horizonte. Lá, ele estacionou, colocou o bebê sobre o cadáver e fugiu, levando consigo o aparelho celular da vítima.


Fonte: Assessoria de Comunicação do Fórum Lafayette