O juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e diretor executivo de Informática da Corte mineira, Rodrigo Martins Faria, proferiu a palestra “Inteligência Artificial Generativa e o futuro do Poder Judiciário” para magistrados e servidores do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) na terça-feira (12/9).
A apresentação teve como objetivo elucidar o público daquele tribunal sobre os benefícios tecnológicos e a aplicação da inteligência artifical nas atividades para realizar uma melhor prestação jurisdicional.
A palestra foi embasada no Projeto Sapiens, primeira ferramenta orientada por inteligência artificial do TJMG, que, por meio da Diretoria Executiva de Informática (Dirfor), iniciou o desenvolvimento da iniciativa, integrante do Programa Justiça Eficiente (Projef).
Segundo o juiz Rodrigo Martins, o objetivo é higienizar a base de dados dos processos judiciais eletrônicos, tornando esses dados mais precisos e, assim, mais confiáveis. O projeto traz soluções de inteligência artificial (IA), através do método do aprendizado de máquina supervisionado (em inglês, supervised machine learning), capaz de identificar e classificar automaticamente documentos, informando se a peça processual é ou não uma petição inicial.
Uma das principais funcionalidades dessa tecnologia, na avaliação de Rodrigo Faria, é o comando de voz, que permite aos usuários ditar os comandos em vez de digitá-los manualmente. Além disso, a IA possui a capacidade de ler os textos em resposta, o que faz com que seja uma ferramenta inclusiva para colaboradores com necessidades especiais.
“Nós falamos um pouco da inteligência artificial generativa e sua aplicação no Poder Judiciário. Essa ferramenta tem se mostrado a tecnologia que dominará todas as áreas do conhecimento humano e, por isso, também o do conhecimento judicial”, disse o magistrado.
O uso da inteligência artificial no Judiciário, na avaliação do juiz mineiro, promove celeridade, torna o sistema mais acessível, facilitando o entendimento por parte dos jurisdicionados.
O presidente do TJAP, desembargador Adão Carvalho, ressaltou que inovações com resultados comprovadamente positivos em outros tribunais do Brasil, como a IA do TJMG, são expertises bem-vindas para serem aplicadas na Justiça Estadual amapaense.
“Nossos desenvolvedores estão dispostos a tentar soluções novas para a melhoria da prestação jurisdicional. Apoiamos todas as ações tecnológicas que possam aperfeiçoar nosso trabalho, pois quem ganha com isso é a sociedade amapaense. Agradeço a presença do magistrado mineiro, que veio ao Amapá nos emprestar suas experiências exitosas”, disse o presidente.
Participaram do evento o presidente do TJAP, desembargador Adão Carvalho; o corregedor-geral de Justiça, desembargador Jayme Ferreira; e a juíza auxiliar da Presidência Marina Lustosa, além de servidores e colaboradores.
Fonte: Dircom/TJMG