A juíza Karen Castro dos Montes, da comarca de Januária, aceitou a denúncia e ainda determinou, conforme pedido da Promotoria, a intervenção judicial em duas empresas do grupo, nomeando administradores, a indisponibilidade dos bens dos integrantes do bando, a sua alienação e um mapeamento das obras públicas tocadas pelos réus.
A indisponibilidade já havia sido decretada quando da investigação da Polícia Federal, que culminou na operação Sertão Veredas, desencadeada no dia 27 de maio deste ano. A ação civil pública com novo pedido de bloqueio é o resultado da operação.
O Ministério Público sustenta que a quadrilha, cujo líder seria o empresário Marcus Vinicius Crispim, o Corby, teria fraudado licitações em cidades do Norte mineiro para beneficiar empresas do grupo.
O rombo apurado até o momento chegaria a R$ 20 milhões, mesmo valor da indisponibilidade dos bens. Além de Corby, foram denunciadas nove pessoas e duas empresas. Ele e quatro réus estão presos.
Três administradores judiciais, nomeados pela magistrada, cuidarão dos bens. “Entendo que, para atingir o objetivo já colocado, de garantia futura do resultado da presente ação, necessário se faz o pedido de nomeação de administrador judicial, para conservação dos bens, em razão da vultosa quantia do patrimônio a ser bloqueado”, diz trecho do despacho da juíza ao qual o Hoje em Dia teve acesso.
A decisão foi tomada no dia 19 deste mês. A juíza ainda deferiu a realização de perícia técnica nas obras suspeitas de superfaturamento ou de não terem sido realizadas conforme o contrato.
Fonte: Hoje em Dia