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A juíza Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva, da Vara Criminal e da Infância e Juventude da Comarca de Ouro Preto, lançou o livro virtual “Fóruns de Minas Gerais”, uma obra de 570 páginas que registra a história dos fóruns do Estado e conta curiosidades, suas origens e nomes de cada prédio.

Por que essa dedicação e esforço em registrar essas histórias?
Em toda a minha vida eu tive um fascínio por saber quem foi aquela pessoa que deu nome àquele prédio, qual o motivo da escolha dessa pessoa. Isso sempre me chamou muita a atenção, como a história das cidades, como e quando elas se formaram. E quando ingressei primeiro no Ministério Público e depois na magistratura, eu tinha essa curiosidade em saber sobre a comarca em que eu estava.
Nessa pesquisa, a senhora identificou alguma preocupação arquitetônica com a estrutura dos prédios que iriam abrigar a Justiça?
Tem uma diferença grande de comarca para comarca. Em algumas, há a preocupação de se colocar a Justiça em um prédio imponente, belo. Em outras, nem tanto. Nós observamos que existem prédios com a arquitetura padronizada, que são idênticos, mas, no decorrer deste tempo, tem tido uma preocupação dos presidentes do Tribunal com um compromisso de dar uma estrutura melhor para receber aquela demanda.
Como foi o processo de pesquisa?
O esforço e dedicação dos colegas nas comarcas foi imprescindível. Esse livro, na verdade, foi feito por várias mãos, todos os colegas, servidores, todos participaram, porque a gente não podia se deslocar para cada comarca para tirar foto, trazer registros etc. E, outras dificuldades, como a formatação do livro, foi porque começamos numa época onde não havia tantos recursos tecnológicos como hoje. Tínhamos que pegar o negativo para obter uma foto para imprimir. Mas todo o trabalho foi um prazer.
Os nomes dados aos fóruns são sempre de magistrados?
Não. Existem fóruns com nomes de pessoas que contribuíram com a comunidade e foram escolhidos para serem homenageados. Temos juízes, advogados, desembargadores, pedreiros, servidores, donas de casa. Aliás, um registro importante é que, em todo esse volume, nós temos apenas duas mulheres que foram homenageadas com o nome do fórum, uma juíza da Comarca de Ipatinga e uma dona de casa, importante na comunidade.
Para conhecer mais sobre o livro virtual "Fóruns de Minas Gerais", clique aqui.
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