A juíza Renata Gil de Alcântara Videira (RJ) foi eleita nesta sexta-feira, 8, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) para o triênio 2020/2022 com 6.584 votos. Renata Gil será a primeira mulher a presidir a entidade. A apuração dos votos de todo o País terminou há pouco na sede da AMB, em Brasília.

A juíza Rosimere das Graças do Couto, vice-presidente de Saúde da Amagis, integra a chapa eleita como vice-presidente. De acordo com Rosimere Couto, o resultado da eleição mostrou que os magistrados querem uma AMB mais forte, mais representativa e mais unida. “Isso é o que a juíza Renata Gil se propõe a fazer à frente da Associação dos Magistrados Brasileiros junto aos integrantes da chapa. O trabalho será árduo, e para enfrentar os desafios que se vislumbram teremos uma AMB fortalecida que engrandecerá a Magistratura”, afirmou a magistrada.

A presidente eleita da AMB, juíza Renata Gil, destacou que honrará com determinação o mandato a ela concedido pelos colegas de todo o país. Segundo Renata Gil, no momento em que o Poder Judiciário é protagonista no combate à corrupção e a última porta da sociedade que anseia por um país mais justo, os magistrados devem estar protegidos por autonomia e independência. “É com muita coragem que avançaremos no fortalecimento da Magistratura. Vamos lutar por isso. A magistratura é meu sacerdócio e é com muita alegria que vou batalhar pelas garantias e valorização da nossa classe”, afirmou a presidente eleita.  Veja abaixo a composição completa da chapa vencedora.

A nova diretoria tomará posse no dia 11 de dezembro, no auditório externo do STJ, em Brasília, a partir de 17h.

Veja a votação nacional final:

Chapa 1 (Luiz Gomes da Rocha Neto): 951 votos

Chapa 2 (Renata Gil): 6.584 votos

Chapa 3 (José Carlos Kulzer): 765 votos


Total de votos válidos: 8.300


O resultado da apuração dos votos válidos em Minas Gerais pela internet, por sobrecarta e nas urnas foi o seguinte:

Chapa 1 (Luiz Gomes da Rocha Neto): 45 votos

Chapa 2 (Renata Gil): 604 votos

Chapa 3 (José Carlos Kulzer): 14 votos

Em Minas Gerais, a votação presencial e por sobrecarta ocorreu na sede da Amagis, em Belo Horizonte. Os trabalhos foram conduzidos pela Comissão Eleitoral Local, formada pela desembargadora Ana Paula Nannetti Caixeta, pelo desembargador Dídimo Paiva e pelo juiz José Martinho Nunes Coelho.

Confira a composição da chapa eleita:

CHAPA AMB+FORTE, UMA SÓ MAGISTRATURA 

PRESIDENTE
Renata Gil de Alcantara Videira (AMAERJ – RJ) 

VICE-PRESIDENTES
Elayne Ramos Cantuária (AMAAP – AP)
Fábio Francisco Esteves (AMAGIS-DF)
Fernando Figueiredo Bartoletti (APAMAGIS – SP)
José Herval Sampaio Júnior (AMARN – RN)
Jussara Schittler dos Santos Wandscheer (AMC – SC)
Levine Raja Gabaglia Artiaga (ASMEGO – GO)
Maurício Paes Barreto Pizarro Drummond (RJ)
Ney Costa Alcântara de Oliveira (ALMAGIS – AL)
Rosimere das Graças do Couto (AMAGIS – MG)
Thiago Brandão de Almeida (AMAPI – PI)
Vera Lucia Deboni (AJURIS – RS) 

COORDENADORES
Justiça do Trabalho: Antônio César Coelho de Medeiros Pereira (AMATRA XIV)
Justiça Estadual: Frederico Mendes Júnior (AMAPAR – PR)
Justiça Militar: Paulo Adib Casseb (AMAJME – SP)
Justiça Federal: Priscilla Pereira Costa Corrêa (RJ)
Aposentados: Roberto Luís Felinto de Oliveira (AMAERJ – RJ) 

CONSELHO FISCAL
Alexandre Miguel (AMERON – RO)
Eduardo Eugênio Siravegna Junior (AMAMSUL – MS)
Maria Isabel da Silva (AMAGIS-DF) 

Currículo
Juíza titular da 40ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), nascida no Rio de Janeiro (RJ), Renata Gil formou-se em Direito na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, em 1994. Ingressou na Magistratura fluminense em janeiro de 1998, por concurso de provas e títulos, e atuou nas comarcas de Macabu, Silva Jardim, Rio Bonito e Rio de Janeiro.

Na Amaerj, tornou-se a primeira mulher a assumir a presidência em 2016-2017, sendo reeleita para o biênio 2018-2019. Na AMB, foi também vice-presidente de Direitos Humanos no triênio 2011-2013.

Atuou como coordenadora adjunta da pesquisa “Quem somos. A Magistratura que queremos” realizada em conjunto pela AMB e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Integra grupo de trabalho, criado pela Presidência do CNJ, para tratar sobre o cumprimento da Resolução CNJ 255/2018, que institui a política nacional de incentivo a participação institucional feminina no Poder Judiciário.