Todas as quartas e sextas-feiras, semanalmente, a juíza Tânia Maria Elias Chain realiza
audiências de conciliação na 10ª Unidade do Juizado Cível de Belo Horizonte. Entretanto, nesta quarta-feira, 12, algo mudou na rotina da prestação jurisdicional. Inspirada pelo Dia dos Namorados, data em que os sentimentos mais nobres se afloram, a magistrada teve a iniciativa de presentear as partes dos processos de conciliação - advogados, cidadãos e conciliadores - com um bombom e uma cópia do poema “Poeminha Amoroso”, de Cora Coralina.
Os números apontaram resultados positivos: foram realizadas 34 audiências, até o fechamento desta matéria. Desse total, 22 resultaram em acordos. Segundo a juíza, são números expressivos em relação ao dia a dia do Juizado.
De acordo com a magistrada, o bombom foi um gesto simbólico de aproximação com as partes envolvidas nos processos. Já o poema tem papel fundamental, pois transmite bem o significado da conciliação - o direito que não é observado pela outra parte, o envolvimento e a doação ao próximo. “O dia dos namorados remete ao amor, união, compaixão e perdão, sentimentos que são importantes para um desfecho positivo na conciliação”, afirmou Tânia Chain.
Ela acredita que atitudes como essa incentivam a constante presença e aproximação do magistrado de seus servidores e cidadãos. “São com pequenas gentilezas, com pequenos gestos que conseguimos nos aproximar do cidadão que é, na verdade, a razão de ser do Judiciário. Toda a estrutura do Judiciário é voltada para ele e por ele”, concluiu a juíza.
POEMINHA AMOROSO
Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...