itabira.jpgO encontro faz parte do processo de interiorização da Associação, que essa semana se estendeu para João Monlevade, com a instalação da 25ª Seccional e ainda hoje, chegará à Ipatinga, onde será realizada a reunião com os juízes da região do Vale do Aço e o Integramagis, tradicional evento da magistratura mineira.

Durante a reunião, os juízes da comarca se mostraram apreensivos com a portaria 156, que define as condições para a Meta 2, já que, para a magistratura, ela torna o trabalho do juiz desumano e é absolutamente inexeqüível. Os magistrados pediram ao presidente da Amagis que a Associação intervenha para que a medida seja revista. Nelson Missias informou aos colegas que já falou sobre o assunto com o presidente do TJMG, desembargador Sérgio Resende, e disse ainda que, no início desta semana, tratará pessoalmente com ele sobre a questão.

Interiorização

De acordo com Nelson Missias é fundamental o contato com os juízes do interior do estado. "É através do processo de interiorização da Amagis, nas reuniões com os juízes, que ficamos sabendo dos reais anseios de cada região. E conhecendo essas demandas dialogamos com o Tribunal, com a Assembleia, para que possamos melhorar cada vez mais o nosso Judiciário", disse.

O juiz Daniel César Boaventura, da 1ª vara Cível de Itabira, ressaltou que a interiorização da Amagis resultou em vitórias. "Várias conquistas foram alcançadas através desse contato entre os juízes, principalmente a aprovação da Lei Orgânica e a criação de entrâncias especiais, que são frutos do processo de interiorização", disse. Ainda de acordo com ele, a presença da Amagis reflete no cotidiano do magistrado. "O apoio que recebemos nos deixa tranquilos para atuar, pois sabemos que a Amagis está próxima da gente", afirmou.

Já o juiz Ronaldo Vasques, da Vara Criminal, da Infância e da Juventude e de Precatórias Criminais de Itabira, destaca a interiorização da Amagis como mais um canal de diálogo com os magistrados. "É de suma importância o processo de interiorização da Associação da forma que ele está sendo feito. O problema que temos no interior é a falta de acesso, principalmente ao Tribunal, e com a Amagis presente, facilita esse contato", disse. Ronaldo Vasques também destacou que a interiorização permite que os juízes do interior tenham a mesma facilidade que os da capital, além de aproximar os membros da classe.

Para o juiz André Luiz Pimenta Almeida, do Juizado Especial de Itabira, a interiorização gera uma isonomia entre os magistrados. "Acho que esse processo representa uma homogeneidade de jurisdição da magistratura, de evitar muitos degraus que causam um distanciamento muito grande na carreira É muito importante para nós a integração advinda desse processo. Estar no local onde a prestação jurisdicional é feita facilita demais essa visão da região e dos problemas", concluiu.