O presidente do TST, ministro Rider Nogueira de Brito, ao lado de vários outros ministros, colocou o sistema em operação saudando o esforço concentrado de técnicos e magistrados da Justiça do Trabalho de todo o País que permitiu a interligação. "Está inaugurada a nova realidade", anunciou.
Do Rio Grande do Norte, onde realizou uma correição ordinária, o corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro João Oreste Dalazen, participou da videoconferência e parafraseou o astronauta Neil Armstrong, lembrando que, embora pareça um pequeno passo para o TST, trata-se de um grande salto para o Judiciário Trabalhista, "uma etapa memorável de avanço tecnológico". O diretor da Enamat, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, é um entusiasta da utilidade da videoconferência para a formação e o aperfeiçoamento dos magistrados, porque permitirá à escola estreitar a integração com as 24 escolas judiciais regionais e promover eventos, palestras e cursos sem a necessidade de deslocamento dos participantes.
O decano do TST, ministro Vantuil Abdala - que, na Presidência do TST de 2004 a 2006, participou dos primeiros momentos do projeto - diz-se emocionado ao ver o sistema concluído e em pleno funcionamento. O ministro Rider de Brito destacou as muitas vantagens que o sistema de videoconferência propicia, ao evitar deslocamentos e economizar recursos, com a redução de gastos com diárias e passagens. "Esses gastos serão cada vez mais raros, e os encontros virtuais minimizam também a inconveniência das viagens, o desgaste em aeroportos, a chatice dos check-ins", disse, informalmente, aos presidentes dos TRTs. Estes foram ainda mais longe e já vislumbram a utilização da ferramenta também na atividade jurisdicional, como em sustentações orais e tomada de depoimentos, especialmente em regiões isoladas, onde o trabalhador tem dificuldade de acesso à Justiça.
A realização de encontros à distância se tornou mais eficaz a partir da instalação, pela Embratel, da Rede Corporativa de Longa Distância da Justiça do Trabalho, por onde trafegam ou trafegarão não apenas os dados (inclusive vozes e imagens, como nas videoconferências) mas também sistemas informatizados como o e-Doc, a Carta Precatória Eletrônica, o Escritório do Advogado, o Gabinete Virtual, o Cálculo Unificado, o Sistema Integrado de Gestão Administrativa (SIGA) e o Sistema Único de Acompanhamento Processual (SUAP, que concretizará o processo judicial eletrônico). A criação da rede corporativa começou a tomar forma em 2005, quando foi elaborado o projeto técnico.
Em novembro de 2006, a Embratel venceu a licitação realizada pelo TST para a implantação, e, em agosto de 2007, o contrato foi assinado. A execução do projeto coube a um grupo de trabalho composto pelos TRTs da 2ª (SP), 4ª (RS), 5ª (BA), 14ª (RO), 15ª (Campinas) e 23ª (MT) Regiões, sob a coordenação do TST e do CSJT. Ao encerrar a videoconferência, o ministro Rider de Brito agradeceu a todos os que contribuíram para a concretização desta etapa, em especial aos juízes e técnicos que integram a Comissão de Avaliação de Projetos de Informática (CAPI) do CSJT.
Fonte: AMB