A Justiça de Minas Gerais bloqueou, nesta segunda-feira, 31, R$252 milhões em contas ligadas ao PCC – Primeiro Comando da Capital. A medida faz parte da operação Caixa Forte – Fase 2, deflagrada nesta manhã pela Polícia Federal, que cumpriu mais de 600 mandados contra a facção. Foram, ao todo, 422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte. Os alvos da operação eram investigados pelos crimes de participação na organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Além de Minas Gerais, a operação atingiu outros 18 estados e o Distrito Federal. De acordo com a Polícia Federal, esta foi a maior operação da corporação em números de estados, mandados e valores apreendidos.
Segundo informações da Polícia Federal, 220 pessoas que estão atualmente detidas em presídios federais recebiam um auxílio mensal da facção por terem alcançado cargos de alto escalão na organização criminosa ou por terem realizado missões, como a execução de servidores públicos. O delegado Alexander Castro, coordenador da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO) em MG, afirmou que o pagamento variava dependendo da função ocupada pela pessoa dentro do esquema. O responsável pela morte de um juiz ou de um policial, por exemplo, recebia mais do que chefes do primeiro escalão.
A operação foi realizada pela Polícia Federal, Polícia Civil de Minas Gerais, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e Departamento Penitenciário de MG. As investigações desta etapa começaram há um ano.