O Poder Judiciário, através da Vara Criminal e da Infância e da Juventude de Patrocínio, realiza nos dias 29 e 30 de março mais uma série de palestras e debates do programa Justiça na Escola.
De acordo com o idealizador do programa, o juiz Serlon Silva Santos, o objetivo é tratar de temas como combate às drogas, bullying, violência, evasão escolar, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e cidadania, com a participação de juízes, promotores, educadores, técnicos em psicologia, serviço social, alunos e pais. “Pretendemos envolver toda a sociedade civil e pública nas ações de construção de um futuro melhor e mais digno para nossas crianças e adolescentes e, consequentemente, uma sociedade mais humana e mais fraterna”, enfatizou o juiz Serlon.
O programa visa apoiar as unidades escolares e as comunidades para que discutam formas de ampliar os espaços democráticos de diálogo, de aprendizagem e de resolução de conflitos, atuando em parceria com jovens alunos, famílias, instituições e organizações governamentais e não governamentais. Dessa maneira, espera-se criar uma rede de apoio, gerando as condições necessárias para que as instituições e seus integrantes sejam efetivamente produtores de ações que disseminem a cultura da paz.
Nesta etapa, o Justiça na Escola irá apresentar à comunidade o Programa de Conciliação para Prevenir a Evasão e a Violência Escolar (Proceve), idealizado pelo promotor Sérgio Harfouche, da 27ª Vara da Infância e da Juventude de Campo Grande/MS, que participará dos encontros. O Proceve busca resgatar a autoridade dos diretores e dos professores, a preservação do patrimônio público e o respeito às instituições, além de promover a comunicação da escola com as famílias, a fim de que estas sejam parceiras nas ações propostas para melhorar a qualidade no ensino.
O prefeito de Patrocínio, Lucas Campos de Siqueira, enalteceu a iniciativa e garantiu total apoio e participação do Poder Executivo Municipal para que o ambiente escolar seja propício à formação de bons cidadãos. “Este é um importante momento, pois iremos repensar e aprimorar formas de realizar as práticas de formação, inserção e reinserção social, buscando respostas para questões sobre os conflitos, as violências e os atos infracionais envolvendo crianças e adolescentes”, disse.
Programação
No dia 29, terça-feira, será realizada uma audiência pública no Rotary Brumado dos Pavões, às 19h, com a presença dos pais de alunos da rede estadual de ensino.
No dia 30, quarta-feira, as atividades começam às 9h30, na Câmara Municipal, com a presença de autoridades e lideranças políticas e sociais empenhadas em promover mudanças transformadoras por meio de políticas públicas de qualidade e gestões eficientes no que tange à educação e à formação dos jovens e adolescentes.
No início da tarde, às 13h30, será a vez dos professores de toda a rede de ensino de Patrocínio reunirem-se com o promotor Sérgio Harfouche, no Rotary Brumado dos Pavões.
O encerramento de mais uma etapa do programa Justiça na Escola será às 19h, com audiência pública para os pais de alunos das redes estadual e municipal, no salão do Rotary Brumado dos Pavões.
Justiça na Escola
Em uma iniciativa inédita do Poder Judiciário na Comarca de Patrocínio, o programa Justiça na Escola foi lançado em agosto de 2014, com a parceria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, da Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis), da Prefeitura de Patrocínio, através da Secretaria Municipal de Educação, Superintendência Regional de Ensino, do Centro Universitário do Cerrado (Unicerp), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM), do programa Proteger, do Conselho de Segurança Pública, e da Polícia Militar.
Desde então, o programa já capacitou centenas de educadores, promoveu palestras e reuniões envolvendo vários agentes políticos e lideranças. As ações tiveram continuidade dentro de cada escola, através de projetos pedagógicos sobre temas relacionados ao ambiente escolar e sobre as questões que afetam crianças e adolescentes, multiplicando a mensagem junto aos alunos, aos pais e à comunidade.
Fonte: TJMG