palestra.jpgA Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) lançou, na tarde desta sexta-feira, 7, na unidade Raja Gabaglia do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a publicação eletrônica “Gotas da Língua Portuguesa” com a proposta de divulgar semanalmente informações gramaticais sucintas, com ênfase nos recursos linguísticos mais utilizados nas atividades do Tribunal.

Para marcar o lançamento, o professor Evanildo Bechara, membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Filologia, realizou a palestra “Adequação da Linguagem no Texto Jurídico”.

Em sua palestra, Bechara apresentou exemplos extraídos da revisão que o jurista Rui Barbosa fez do Código Civil, no início do século XX, dos problemas de adequação redacional daquela época que se repetem até hoje. “Deve-se ler os grandes juristas para se enfronhar com a boa e eficiente comunicação do pensamento em língua portuguesa”, destacou.

bechara.jpgO desembargado Tiago Pinto, vice-presidente Sociocultural-Esportivo eleito da Amagis, disse que o convite feito ao professor Bechara foi para que ele, com sua autoridade, pudesse impulsionar o lançamento desse periódico, que a partir de agora vai estar à disposição dos juízes, tratando de questões da língua portuguesa. “A ideia foi para que o professor ressaltasse aos ouvintes e futuros usuários do programa a necessidade da observação das regras de língua portuguesa e também para estimulá-los a estudar questões de língua”, afirmou.

O 2º vice-presidente do TJMG e superintendente da Ejef, desembargador Antonino Baía Borges, destacou que tanto a palestra quanto a publicação não são destinadas somente aos recém aprovados no concurso para a magistratura, mas para toda a comunidade jurídica, especialmente aos magistrados. “O professor Evanildo Bechara é um grande gramático e veio nos falar de um tema que nos diz respeito, que é muito importante para clareza do que escrevemos, das nossas decisões e das petições dos advogados”, disse.

O juiz aposentado José João Calanzani, um dos idealizadores da publicação, observou que a clareza é muito importante para a linguagem jurídica. “O projeto pretende evitar que haja dúvidas na linguagem jurídica, fazendo uma revisão dos principais fatos da língua portuguesa, visando clareza e objetividade”, explicou Calanzani.