Teve início na manhã desta segunda-feira, 20, o curso “Medidas de autoproteção para magistradas”, que acontecerá até o dia 24 de junho. A iniciativa é resultado do convênio de cooperação mútua assinado entre Amagis, TJMG, Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Escola Nacional da Magistratura, Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), Polícia Militar de Minas Gerais e Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

Magistradas participaram do primeiro dia do curso

O objetivo do curso é apresentar às magistradas mineiras boas práticas desenvolvidas pela Polícia Militar de Minas Gerais nas medidas de autoproteção. Durante os cinco dias de curso, as participantes farão aulas e oficinas de modulação das ações necessárias para atuação segura e aprenderão a desenvolver habilidades inerentes à avaliação de risco.

Na abertura do curso, a presidente em exercício e vice-presidente Administrativa da Amagis e vice-presidente de Assuntos Jurídicos da AMB, juíza Rosimere do Couto, deu as boas-vindas às participantes em nome da Amagis e da AMB, e falou sobre a importância da realização do curso de autoproteção. “Espero que o curso sirva não apenas para o uso no trabalho, mas também fora dele. A autoproteção é uma coisa que todos nós, magistradas e magistrados, precisamos conhecer. Devemos saber como nos proteger, avaliar riscos e definir situações de perigo. Desejo que todas tenham bom proveito deste que, espero, seja o primeiro de muitos cursos que virão”, afirmou.

Abertura do curso foi realizada do auditório da Academia de Polícia Militar
de Minas Gerais, em Belo Horizonte

O desembargador Caetano Levi, diretor-presidente da Escola Nacional da Magistratura, representou na abertura o presidente do TJMG, desembargador Gilson Soares. Ele agradeceu à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros Militar pela acolhida e receptividade aos magistrados, agradeceu e parabenizou as instituições envolvidas na realização do curso, como a Amagis, “que deu apoio incondicional, assim como o TJMG, a Ejef”. O magistrado falou sobre a violência da qual a mulher brasileira é vítima e destacou a necessidade de que essa cultura seja modificada. De acordo com ele, são iniciativas como essa, de realização do curso, que ajudam na mudança desse cenário. O magistrado apresentou dados de violência contra magistradas no País, e citou casos acontecidos no Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e no Pará. “Se a cultura da violência muda muito lentamente, há então a necessidade de que nossas colegas magistradas estejam minimamente preparadas para praticarem sua própria defesa. É o que pretendemos com a realização do curso”, destacou o desembargador Caetano, concluindo que a meta da ENM é fazer com que o curso em Minas seja modelo para o País.

Ainda na solenidade de abertura, o comandante da Academia de Polícia Militar, Cel. Eugênio Pascoal da Cunha Valadares, também deu as boas-vindas a todos, falou da honra em poder oferecer os conhecimentos da PMMG às magistradas e apresentou os comandantes da Academia, que cuidam de todo o sistema de educação nas áreas de graduação, especialização, aperfeiçoamento e treinamento complementar. “Toda nossa equipe está à disposição das senhoras magistradas”, afirmou o comandante.

Aulas

O curso irá apresentar e treinar magistradas para que saibam usar arma de fogo sob princípios de segurança e destreza; assim como capacitar o público-alvo a adotar procedimentos consagrados para atuar em autodefesa; propiciar aprimoramento na prática de direção com viés evasivo e defensivo; instruir o público-alvo a adotar ações específicas e pontuais sob a lógica do autos-socorro; e desenvolver estruturas neurais e motoras para o correto emprego das técnicas de defesa pessoal com viés a autodefesa e preservação.

As aulas serão ministradas por policiais militares atuantes na Assessoria Militar do TJMG, no Batalhão de Operações Especiais – BOPE, no Batalhão de Trânsito (BTRAN) e integrantes do Corpo de Bombeiros Militar.