O juiz Marcelo Gonçalves de Paula, do 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Belo Horizonte, participou nessa segunda-feira, Dia Internacional da Mulher (8/3), de evento da Aeronáutica celebrando a data. A homenagem ocorreu no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), em Lagoa Santa (MG).
O magistrado, que é integrante da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv), representou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) na Semana da Mulher 2021, promovida pelo Grupamento de Apoio de Lagoa Santa do Comando da Aeronáutica. As atividades se estendem até sexta-feira.
O juiz Marcelo Gonçalves de Paula representou a Comsiv em evento da Aeronáutica (Foto: Soldado De Melo/Acervo Seção de Comunicação Social do CIAAR)
Entre os temas abordados na programação estão o empoderamento feminino na contemporaneidade, por meio das carreiras militares e do empreendedorismo, saúde física e mental da mulher, segurança e defesa pessoal e combate à violência doméstica. A programação continua com palestras, workshops, mesas-redondas e atividades culturais.
O juiz Marcelo Gonçalves de Paula participou da mesa-redonda “Redes de Apoio à Mulher”. Ele destacou que, neste ano, a data foi particularmente realçada por coincidir com a abertura da mobilização nacional proposta pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em favor da causa, a Semana Justiça pela Paz em Casa.
“Essa é a 17ª edição da campanha, que é realizada três vezes ao ano desde 2015. A Comsiv sempre se empenhou muito em participar desse esforço de conscientização, seja na esfera judicial, com julgamentos e júris e a capacitação de equipes de magistrados e servidores para o enfrentamento da violência, em parceria com a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), seja em eventos acadêmicos com enfoque jurídico, educativo e social, ou mesmo em ações culturais”, explica.
O magistrado argumenta que as agressões nos lares e a perpetuação da discriminação são problemas que só podem ser enfrentados com o envolvimento de instituições de vários níveis do governo e da sociedade civil. Por isso, a troca de experiências e o estreitamento das relações institucionais são necessários para que a prevenção e o combate a esses incidentes sejam eficazes.
“Recebemos com muita satisfação o convite, porque foi um espaço para falar a respeito da atuação do Judiciário nesse domínio. Pudemos abordar o papel das varas especializadas em violência doméstica, o universo em que essas práticas violentas prosperam, mitos e conceitos relacionados ao tema, a questão do patriarcado, do machismo e do sentimento de posse, os tipos de agressão, que não se limitam ao aspecto físico, mas podem ser psicológicas, sexuais, morais e patrimoniais”, conta.
Para o juiz Marcelo de Paula, o evento da Aeronáutica foi importante por lançar mais uma vez luz sobre a situação das mulheres em nossa sociedade e por reunir todos os segmentos que atuam nessa área, com aportes que vão da intervenção direta em casos concretos a pesquisas e reflexões sobre o tema: as Polícias Civil e Militar, universidades, a Ordem dos Advogados do Brasil, responsáveis por políticas públicas, ativistas.
As outras debatedoras da mesa foram a delegada Isabela Franca Oliveira, chefe da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerâncias (Demid) da Polícia Civil de Minas Gerais; a advogada Carla Renata Oliveira Carvalho e a psicóloga Lucimeire Kotsubo, do Centro de Referência da Mulher de Lagoa Santa; Ana Maria Ramalho, fundadora do programa Seu Lugar de Fala; a segundo-tenente MDR Giselle Fernandes Corrêa da Cruz, doutora em Direito Internacional em Direitos Humanos; Saritha Antunes, coach e empreendedora social; e a segundo-sargento Sâmara Cardoso, da Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica da Polícia Militar de Minas Gerais (PPVD/PMMG).
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Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional – Ascom
Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG