Magistrados e familiares participaram na manhã deste sábado, 3/6, do curso sobre Cultivo de Orquídeas, realizado pela Amagis em parceria com a Associação Mineira de Orquidófilos (AMO). O curso foi realizado na sede da Amagis, em Belo Horizonte, e abriu a Semana do Meio Ambiente, comemorada entre os dias 5 e 9 de junho.

 

O juiz Carlos Loiola, especialista em orquidofilia, abriu o curso dando as boas-vindas aos presentes. Ele contou um pouco sobre como começou a estudar a orquidofilia e sua relação com a planta. Carlos Loiola é autor do livro “A estrambótica Aventura do Senhor Martius von Gloeden – O Caçador de Orquídeas”. Atualmente, em seu orquidário, o magistrado mantém cerca de 500 orquídeas.

Orquidofilia

O conceito de orquidofilia, que é a ciência que estuda a biologia das orquídeas, foi tema do médico e orquidólogo mineiro Kleber Garcia de Lacerda Júnior, um dos mais respeitados estudiosos das orquídeas brasileiras. Ele falou sobre a família, morfologia e biologia floral, classificação e a nomenclatura da orquídea que, segundo o especialista, é a planta mais evoluída que existe. Kleber Garcia também apontou algumas curiosidades sobre as orquídeas, uma delas foi a origem do nome.

 

A palavra orquídea tem uma origem etimológica no termo grego orchis, que significa testículo. O vocábulo foi encontrado pela primeira vez na obra do filósofo clássico Teofrasto datada de 375 AC, e faz referência à forma do tubérculo duplo nas raízes destas plantas.

 

Ainda em sua apresentação, o especialista falou sobre as principais pragas e doenças que atingem as orquídeas e como evitar.

 

Cultivo

O juiz Carlos Loiola falou sobre a parte do cultivo da orquídea. Tipos de vasos e substratos, formas de plantar, adubação, pragas e doenças, regas e pulverização. De acordo com ele, a melhor rega é a pulverização, “principalmente o lado traseiro da folha”, frisou. O magistrado destacou ainda que a orquídea não precisa de muita água e gosta de claridade. “É mais fácil matar a orquídea por excesso de água do que por falta. Muita sombra é sinal de problema. Orquídea gosta de claridade”.

 

Ao fim de sua apresentação, Carlos Loiola presentou os participantes com uma publicação de trovas de sua autoria feita para seus amigos amantes das orquídeas e da natureza.

 

Reprodução

 

Olga Carneiro, ex-presidente da AMO e membro da SOBH (Sociedade Orquidófila de Belo Horizonte), falou sobre a reprodução e propagação da orquídea. Ela explicou os processos de semeadura e polinização da planta e o meristema, que é um dos sistemas de reprodução. Segundo Olga Carneiro, a planta, assim como os demais vegetais, carrega as características do pai e da mãe.

 

A especialista destacou algumas exigências de espécies de orquídea. Segundo ela, os substratos são oferecidos de acordo com a necessidade da espécie. “A orquídea é altamente dependente das condições do habitat onde ela vive, assim como demais vegetais. Por isso, a escolha do que você vai cultivar, é um importante passo para a plantação das orquídeas”, disse.

 

Sorteio

 

O juiz Carlos Loiola realizou sorteio de espécies de orquídeas entre os participantes. Em seguida, todos tiveram oportunidade aprender, na prática, a forma de plantar. Durante a plantação, os especialista da AMO explicaram o passo a passo para o cultivo de diversas espécies de orquídeas. Entre os participantes estavam o desembargador Tiago Pinto, membro do Conselho Gestor da Escola Superior da Magistratura Desembargadora Jane Silva, com sua esposa Beatriz Fernandes Pinto;o ouvidor da Amagis, juiz Auro Aparecido Maia de Andrade, acompanhado de seu filho Rafael de Pádua Andrade; e a juíza Marli Maria Braga, diretora de Apoio a Obras Sociais da Amagis.

 

A pensionista Terezinha Vasconcelos Assunção Batista participou do curso e parabenizou a iniciativa da Associação. “Eu tenho orquídea em casa e ela não é uma planta fácil de cultivar e manter. Estou tentando manter as que tenho e o curso foi muito positivo. Achei muito interessante e, agora, fiquei mais segura para cuidar das minhas”, disse.

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Para o desembargador Amauri Pinto Ferreira, o curso foi uma excelente oportunidade de aprender a como cultivar e tratar da orquídea. “Tenho orquídeas na minha roça e achei o curso muito bom. Deu uma ideia de como realmente devemos tratar da planta. Além da parte prática, que foi muito boa”.

 

Alice Rodrigues Dutra, esposa do juiz Xavier Magalhães Brandão, está iniciando na plantação de orquídeas. Para ela, o curso foi explicativo e acessível. “Foi muito proveitoso e o conteúdo foi maravilhoso. Recebi informações importantíssimas para meu cultivo de orquídea, que estou iniciando. Achei muito bom”, disse.

 

A juíza Regina Célia vai aplicar os conhecimentos que aprendeu hoje em seu orquidário. Ela conta que sempre ganhava orquídeas de presente e, depois de um tempo, começou a amarrá-las nas árvores em seu sítio. “Gostei tanto que meu marido mandou fazer um orquidário para mim. E aí comecei a cultivar”, conta a magistrada. Segundo ela, quando ficou sabendo do curso decidiu participar. “Achei um espetáculo! Conseguimos aprender muitas coisas entre a teoria e a prática. E agora vou aprimorar o que já sei com os conhecimentos que aprendi aqui”, afirmou.  “Quem gosta de orquídea é amante da planta. Tem que ter carinho e dedicação. Faz muito bem para alma e para a cabeça”, concluiu.