Magistrados do TJMG foram indicados para receber a Comenda Teófilo Ottoni em solenidade realizada ontem, 1º de dezembro, no município mineiro. Nessa oitava edição da comenda foram agraciadas 83 personalidades, entre magistrados, empresários, políticos, servidores públicos e profissionais liberais.
Da magistratura estadual foram indicados o presidente do TJMG, desembargador Pedro Carlos Bintencourt Marcondes, o corregedor-geral de Justiça, desembargador Antônio Sérvulo dos Santos, o presidente do TRE, desembargador Geraldo Augusto de Almeida, o desembargador José Afrânio Vilela e o juiz de direito Bruno Terra Dias.
A Comenda Teófilo Ottoni foi criada em 2007, através da Lei Estadual 16.920, para homenagear pessoas e instituições que tenham se dedicado ao desenvolvimento político, cultural, econômico e social dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas. A entrega da medalha ocorre alternadamente nos municípios do Serro e de Teófilo Otoni. A oradora oficial dessa edição foi a defensora pública-geral do Estado de Minas Gerais, Christiane Neves Procópio Malard.
Teófilo Otoni
Teófilo Benedito Ottoni nasceu em 1807, na Vila do Príncipe, sede da comarca do Serro Frio (a maior comarca entre as cinco do Estado). Conhecido como o Capitão da Casaca Branca, por seus ideais revolucionários, elegeu-se deputado provincial por Minas Gerais (1835) e deputado-geral (1839). Liderou a revolução liberal em Minas Gerais (1842) e, após ser derrotado, foi preso. Foi anistiado pelo imperador dom Pedro II.
Em 1845, elegeu-se deputado por Minas Gerais e, em 1850, afastou-se da política e fundou uma empresa de comércio e colonização, a Companhia do Mucuri. Na confluência do Ribeirão Santo Antônio com o Rio Todos os Santos, fundou a vila de Filadélfia, embrião da atual cidade de Teófilo Otoni. Voltou à política em 1860 e elegeu-se senador em 1864. Morreu no Rio de Janeiro, em 1869, vítima de intoxicação miasmática, adquirida no Mucuri.