Magistradas mineiras estiveram em Brasília na última semana participando do 6º Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negros, o Enajun, que aconteceu juntamente com o 3º Fórum Nacional de Juízas e Juízes contra o Racismo e Todas as Formas de Discriminação, o Fonajurd, entre os dias 22 e 24 de novembro.

Juíza Bárbara Lívio, ministra do TSE, Edilene Lobo, desembargadora Sandra Fonseca, juíza Rafaella Amaral,
Ana Caroline Venturini, diretora de Ações Afirmativas do Ministério da Igualdade Racial

 

O evento integrou “Jornada Justiça e Equidade Racial: Resgatando Raízes, Transformando Futuros”, inciativa do Conselho Nacional de Justiça com participação do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior Eleitoral, e do Tribunal Superior do Trabalho. Durante o Encontro, autoridades e personalidades debateram ações afirmativas para a transformação das estruturas de poder e estratégias de luta da população negra.

Juíza Bárbara Lívio, desembargadora Sandra Fonseca, juíza  Manuela Hermes, do TRT5, juíza Rafaella Amaral, e juíza Alcione Escobar, do TRF 1

Estiveram presentes a desembargadora Sandra Fonseca e a juíza Rafaella Amaral, ambas integrantes da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial da Amagis, e a juíza Bárbara Lívio. A ministra do TSE, Edilene Lobo, também participou do evento.

A abertura foi realizada pelo presidente do STF e CNJ ministro Luís Roberto Barroso que destacou a importância do evento. “O Brasil é o país da diversidade e, entre os construtores da nacionalidade, talvez nenhum povo tenha sido tão decisivo nem tenha sofrido tanto quanto o povo negro, pela escravização, pelas violências cruéis que sofreram e pela abolição sem nenhum tipo de preocupação com a inclusão social”, ressaltou. “Tem sido longo caminho para superar as vicissitudes de uma história que foi penosa e consequentemente cruel e com pouco reconhecimento”, disse.

História, memória e direitos foram tratados durante o Encontro que discutiu temas como racismo e o colonialismo como fundadores da nação brasileira; Resistir para (re)existir: estratégias de luta e de permanência da população negra no Brasil; Ações afirmativas como estratégia de transformação dos espaços e poder; e O corpo negro - o direito à vida, à terra e à cidade. 

Os painelistas foram juristas e especialistas em História, Sociologia, Literatura, Filosofia e Educação. Entre os palestrantes confirmados estão a diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães, a mestra e doutora em História Social e professora da Universidade Federal Fluminense Ynaê Lopes dos Santos, o mestre em Sociologia Rodrigo Ednilson, a doutora em Literaturas Africanas Aza Njeri, a mestra em Direto Samara Pataxó, a ativista de direitos humanos Lúcia Xavier, o cientista político Danilo Serejo, o jornalista Tiago Rogero, a diretora de políticas de ações afirmativas do Ministério da Igualdade Racial Anna Carolina Venturini e a assessora do Departamento de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde Rachel Gouveia.