Depois de mais de cinco horas de protestos por rodovias da Região Metropolitana de Belo Horizonte e interior de Minas, manifestantes afirmam que conseguiram marcar uma reunião com secretário de governo Odair Cunha. Segundo organizadores do protesto, o encontro será às 15h desta quarta-feira na Cidade Administrativa, mas a Secretaria de Governo não confirma a informação.
A mobilização desta quarta-feira é organizada por membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), moradores de ocupações, Brigadas Populares e movimentos da Frente de Resistência Urbana. Os protestos fazem parte do Dia Nacional de Lutas que acontece em 13 estados.
Conforme a PM, moradores de ocupações saíram do Barreiro, Bairro Zilah Espósito (Região Norte de BH) e Bairro Jaqueline (Região Norte de BH). Em Contagem, foram os moradores da Ocupação William Rosa que fecharam a BR-040.
De acordo com os manifestantes, o protesto exige o lançamento imediato do Programa Minha Casa Minha Vida 3 e urbanização das ocupações urbanas. É também uma mobilização contra as políticas urbanas que não conseguem cessar o déficit habitacional no estado.
Por volta de 7h30 desta terça, manifestantes começaram bloquear trechos da BR-040, Anel Rodoviário, MG-010, na Grande BH, além de BR-050, BR-365 e BR-262, no interior do estado. Durante toda a manhã, policiais negociaram a saída dos grupos e a liberação total se deu por volta de 12h30. Uma pequena mobilização também ocorreu na Avenida Presidente Antônio Carlos, em frente ao câmpus da UFMG, mas dispersou rapidamente.
Somente no protesto do Anel Rodoviário, altura do Bairro São Francisco, houve atos de vandalismo e duas prisões. Os homens foram detidos por jogar pedras e pedaços de pau em policiais militares que acompanhavam o protesto. Nos demais pontos de interdição, manifestantes queimaram pneus e foi necessária atuação do Corpo de Bombeiros para conter as chamas. Na MG-010, clima ficou tenso pouco antes do encerramento do protesto porque o Batalhão de Choque exigiu a saída dos manifestantes, que resistiam.
Com tantas interdições, o trânsito ficou caótico não somente nas vias bloqueadas, mas em avenidas do entorno. Motoristas enfrentam longos engarrafamentos por toda a manhã nas avenidas Antônio Carlos, Pedro I, Cristiano Machado e Nossa Senhora do Carmo – todas as lentidões reflexos de interdições por protestos.
Fonte: Estado de Minas