memorial_1.jpgEm comemoração aos seus 55 anos, a Associação dos Magistrados Mineiros inaugurou, nesta quarta-feira, 14, o Memorial Amagis, um espaço físico que abriga a trajetória de lutas e conquistas dos magistrados mineiros desde o nascimento da Associação, em 1954.

Com o objetivo de preservar a história, a cultura e os valores da Associação, o Memorial foi organizado em três narrativas que se complementam e dialogam em um mesmo ambiente: documental, fotográfica e a narrativa oral, que inclui depoimentos gravados em vídeo de agentes de sua história. A execução do projeto e o resgate da história da Amagis foram feitos pelo Escritório de Histórias, com a colaboração de uma comissão composta pelos desembargadores Tibagy Salles Oliveira, Reynaldo Ximenes e Maurício de Paula Delgado e pelo juiz João Grinalson da Fonseca.

“Um dia histórico para a magistratura mineira”. Assim, o presidente da Associação, juiz Nelson Missias de Morais, classificou a inauguração do Memorial da Amagis. “Resgatamos a história da Amagis, que participou da construção efetiva de um Judiciário forte e respeitado em todo o país”, disse. Ele ainda destacou a importância do registro. “Um povo sem história é um povo sem raiz. Não há como ter projeção para o futuro se não se tem um passado. Então, hoje, estamos resgatando a história da Amagis para o orgulho de todos os magistrados mineiros e seus familiares”, afirmou.

O desembargador Tibagy Salles, presidente da Comissão do Memorial, convidou a todos os magistrados para visitarem o Memorial e tomarem conhecimento da riqueza e da importância dele para toda a magistratura. “Nenhum povo, nenhuma nação, da mesma forma, nenhuma instituição pode demonstrar sua existência se ela não tem memória, se não tem registro de suas origens, de suas conquistas, se não preserva sua história. Foi mais de um ano de trabalho, 32 horas de entrevistas com 22 entrevistados, especialmente os mais antigos construtores da história da Amagis, o que enriqueceu os trabalhos com depoimentos que ultrapassaram e muito todas as expectativas. Esse foi o mais importante trabalho da minha vida, porque imortaliza a Amagis, a alma da Associação”, disse.

memorial_1_1.jpg“O presidente Nelson Missias e o desembargador Tibagy Salles tiveram a coragem de resgatar, durante mais de um ano, esse trabalho de pesquisa histórica. Vão deixar uma marca significativa. Os novos juízes terão conhecimento de como a Amagis surgiu e de suas lutas antigas e valorizarão os colegas do passado”, disse o desembargador Doorgal Andrada, vice-presidente da AMB e ex-presidente da Amagis.

O desembargador Reynaldo Ximenes, vice-presidente do TJMG e ex-presidente da Amagis, parabenizou toda a diretoria da Amagis pela iniciativa. “Fiquei muito emocionado em ver aqui fatos da maior relevância da história da Amagis. A Associação tem só a comemorar esses registros, mostrando que a magistratura deve ser valorizada. O elemento humano deve ser valorizado. É por isso que sempre admirei a posição de Nelson Missias e da atual diretoria, que está resgatando não só a força que a magistratura deve ter, mas está resgatando a história da Amagis. Esses registros mostram que as grandes conquistas da magistratura foram alcançadas com apoio da Amagis”, afirmou o desembargador.

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas, desembargador Almeida Melo, afirmou que a importância do memorial é a politização do magistrado. “Pela Amagis nós pudemos conquistar um padrão de saúde de primeiro nível para nossa classe, além de movimentos de vanguarda na liderança da solução dos problemas não só do Judiciário como também dos magistrados. A Amagis é a base da magistratura porque ela cuida da família e do bem-estar dos magistrados para que eles possam trabalhar bem e luta para que eles alcancem seus objetivos. Nunca foi tão importante como hoje, que a magistratura estadual vem sendo alvo de retaliações e redução na sua autonomia e requer portanto um movimento forte de contestação. O Memorial resgata toda a história da Associação e ficou muito bem organizado sobre o aspecto plástico e, principalmente, na substância das informações que representa”, disse.

“O Memorial é muito importante porque é uma forma de guardar a luta dos magistrados desde o início. Acho que desta forma eles não vão ser esquecidos nunca! A história tem de ser preservada. Agradeço a diretoria pela honra de ter participado desse momento tão significativo”, disse a pensionista Maria de Lourdes Vieira Garcia Leão, viúva do ex-presidente da Amagis, Petrônio Garcia Leão.

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O ato de inauguração do Memorial foi realizado pelo presidente da Amagis, juiz Nelson Missias, pelos desembargadores Tibagy Salles, Almeida Melo, Reynaldo Ximenes e Doorgal Andrada, e pelas viúvas dos ex-presidentes da Amagis desembargadores Lincoln Rocha, Maria Auxiliadora Libânio Rocha; e Petrônio Garcia Leão, Maria de Lourdes Vieira Garcia Leão. O descerramento da placa de inauguração foi feito pelos desembargadores Tibagy Salles, Reynaldo Ximenes, Almeida Melo e pelo presidente Nelson Missias.

Homenagem

Nesta quarta-feira, também aconteceu mais uma edição do Integramagis. O evento foi marcado por uma homenagem prestada ao juiz Eber Carvalho de Melo. O magistrado passa a dar nome ao local onde funciona o Departamento Jurídico da Amagis. O vice-presidente de Aposentados e Pensionistas da Associação, juiz Cláudio Figueiredo, foi o orador da homenagem e destacou a alegria de sua convivência próxima com o juiz Eber Carvalho. “O Eber foi um grande amigo e um exemplo de juiz. Ele foi para mim uma pessoa tão próxima que até hoje sinto, e sentirei para sempre, a sua ausência, pelo seu caráter, de um homem bom e extraordinariamente trabalhador”, disse Cláudio Figueiredo.


A viúva do juiz Eber Carvalho, Marina Aparecida Fernandes de Souza Carvalho de Melo, agradeceu a homenagem. “Eu e todos os filhos ficamos lisonjeados com essa homenagem ao meu marido Eber. Ele amava ser advogado e, principalmente, defender seus colegas magistrados”, disse.

Uma das filhas do homenageado, Cantinila Bezerra de Carvalho, parabenizou a Amagis e o Departamento Jurídico pela iniciativa. “Se meu pai estivesse vivo, com certeza, tomaria essa homenagem como uma das maiores da vida dele porque a magistratura e a advocacia foram suas paixões”, afirmou.

O Integramagis contou com a apresentação da Orquesta Viola Iluminada, da cidade de Santa Luzia (Grande BH).

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