Foi inaugurada nesta segunda-feira, a Central de Monitoramento da Violência Doméstica e Familiar da Polícia Militar de Minas Gerais, pioneira no País, criada por meio de acordo de cooperação técnica assinado entre a PMMG, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos do Governo Federal, o Ministério Público de Minas Gerais e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, com objetivo de fortalecer o fluxo de dados e informações entre os órgãos, aprimorar políticas públicas relacionadas às mulheres vítimas de violência em todo o Estado e possibilitar ações pontuais de combate aos crimes de violência doméstica e familiar. Durante a solenidade, foi feita a entrega de nove viaturas e equipamentos de informática que serão utilizados na Central.

O presidente da Amagis, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, participou do evento e destacou a importância de iniciativas desta natureza no combate à violência doméstica. “O crime de violência contra a mulher é uma luta de toda a sociedade. A Amagis estará ao lado e apoiará ações que digam respeito à minimização da violência, ao trabalho pedagógico e à sensibilidade das pessoas que buscam o fim da violência doméstica e familiar”, afirmou.

A juíza Roberta Chaves Soares, coordenadora da Amagis Mulher, também esteve no evento. De acordo com ela, “o projeto irá agilizar levantamentos de denúncias sobre casos de violência doméstica no Estado, valorizando e fortalecendo o trabalho da Polícia Militar, além de servir como instrumento para evitar feminicídios e romper com ciclos de violência contra mulheres”.

A ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, agradeceu as parcerias e o apoio de todos envolvidos na implementação da primeira Central de Monitoramento da Violência Doméstica e Familiar da PMMG. De acordo com ela, a união de esforços foi feita com o objetivo maior que é salvar a vida de mulheres vítimas de violência e evitar que elas se tornem vítimas de feminicídio, uma vez que a Central vai permitir que as forças de segurança tenham acesso reais sobre mulheres em situação de violência em todo o estado de Minas Gerais.



“Muitas mulheres desistem de denunciar ou buscar ajuda por causa do primeiro atendimento, onde muitas vezes ela já é julgada”, disse a ministra, se referindo à falta de preparo das pessoas responsáveis por receber mulheres vítimas de violência doméstica. “O objetivo da Central também passa pela preparação de pessoas que passam a ter um olhar mais humano, mais afetividade. Essas são ferramentas que contribuem para a redução da violência doméstica”, afirmou. Segundo ela, a Central vai permitir que os poderes públicos entendam a realidade da mulher, estejam preparados para acolhê-la e combater a violência doméstica.

O comandante-geral da PMMG, coronel Rodrigo Sousa Rodrigues, falou sobre a satisfação e a gratidão da Polícia Militar em receber a primeira Central de Monitoramento. “Além de capacitar ainda mais nossa Polícia Militar, a Central vai permitir que ampliemos nossas análises e nosso banco de dados para focar no atendimento às vítimas e no combate à violência doméstica”, afirmou o coronel, enaltecendo o apoio do Judiciário mineiro e de todos os presentes. “Para nós, a PMMG ser escolhida para receber a primeira Central do País, é motivo de muito orgulho”, concluiu. A Polícia Militar de Minas Gerais foi a instituição escolhida para sediar a primeira Central de Monitoramento da Violência Doméstica do País em função da sua estrutura logística e de banco de dados estruturados, além de possuir um serviço especializado de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica.

Diversas autoridades participaram da solenidade de inauguração da Central, entre elas a superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJMG (Comsiv), desembargadora Ana Paula Caixeta; a juíza do TRE-MG, Patrícia Henriques; o juiz auxiliar da 1ª vice-presidência do TJMG, Rodrigo Martins Faria; e o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Junior.