Eliana Calmon esclareceu que não prega a “insubordinação” dos magistrados. “Prego que sejam responsáveis para atuar como verdadeiros agentes políticos e de poder”, afirmou. Para a ministra, “ser magistrado é ser vocacionado”. Ela alertou: “Se vocês se tornaram juízes apenas atrás de benesses e ganhos financeiros, terão grandes dificuldades. Precisamos de juízes dispostos a mudar o Judiciário.”
A ministra afirmou que o objetivo do curso não é ensinar detalhes processuais e legislação, conhecimentos nos quais os juízes já foram testados. “Queremos formar cabeças pensantes, capazes de agir como agentes políticos e tratar das questões de grande importância para a população”, disse. Eliana Calmon acrescentou que os juízes devem ampliar seus horizontes "para além do mundo que começa na comarca e termina no Tribunal de Justiça”.
Outro ponto importante salientado pela ministra é a possibilidade, viabilizada pelo curso, de formação de redes de comunicação entre os magistrados. “Sempre juntamos juízes de vários estados para que eles se comuniquem e conheçam outras realidades”, apontou. Eliana Calmon destacou que hoje há um grande poder na comunicação de rede, especialmente para os magistrados alcançarem seus objetivos comuns. “Hoje basta um laptop e o juiz não está mais isolado”, declarou.
Fonte: STJ