A Amagis homenageará o recém-empossado ministro do Superior Tribunal de Justiça Afrânio Vilela com a entrega da Medalha Guido de Andrade, a mais alta honraria da Associação. A solenidade será realizada no auditório da Amagis, em Belo Horizonte, na próxima sexta-feira, dia 1º de dezembro, ás 18h, e terá transmissão pelo canal da Amagis no Youtube.
Afrânio Vilela assumiu a vaga decorrente da morte do ministro Paulo de Tarso Vieira Sanseverino. Graduou-se em direito pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e fez pós-graduação em gestão judiciária pela Universidade de Brasília (UnB).
Villela foi aprovado no concurso público para a magistratura do TJMG de 1988/1989. Atuou como juiz titular e juiz-cooperador de diversas comarcas no estado. E ocupou o cargo de 10º juiz de direito de Belo Horizonte.
Entre outras funções, foi juiz-corregedor de Minas Gerais em 1996 e, ao mesmo tempo, exerceu a Superintendência da Central de Mandados. Ainda no cargo de corregedor, foi indicado para diretor do Foro de Belo Horizonte. Em 2004, foi promovido ao cargo de juiz do extinto Tribunal de Alçada de Minas Gerais, lotado na 3ª Câmara Cível (direito privado). Foi também superintendente de Planejamento e Administração do Tribunal de Alçada do estado, até 2005, quando da integração ao Tribunal de Justiça.
Medalha
A Comenda Desembargador Guido de Andrade foi instituída pela Amagis através da portaria normativa nº 1, de 15 de junho de 2007, durante a gestão do ex-presidente Nelson Missias de Morais, sob a coordenação do magistrado Marcos Henrique Caldeira Brant, designado secretário do Conselho da Medalha. O objetivo é homenagear aqueles que prestaram relevantes serviços à Amagis e ao fortalecimento da Magistratura.
Guido de Andrade
O desembargador José Guido de Andrade, que dá nome à comenda da Amagis, foi um ícone da magistratura mineira. Sua morte, em 2004, representou uma grande perda para a classe, mas não apagou as boas memórias de suas lutas e conquistas em prol de todo o Poder Judiciário. Formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de Minas Gerais, em 1956.
Foi promotor adjunto na comarca de Ipanema e promotor de justiça na comarca de Ibiraci. Ingressou na magistratura em 1961 e foi juiz das Comarcas de Resende Costa, São Gotardo, Carandaí e Juiz de Fora. Também foi diretor da Amagis na Zona da Mata (2ª Seccional). Em 1979, assumiu a função de juiz em Belo Horizonte e, em 1984, foi promovido a juiz do antigo Tribunal de Alçada. Foi promovido a desembargador em 1988.
Em 1995, foi vice-corregedor-geral de justiça e presidente da Amagis. Em 1997, José Guido foi eleito corregedor-geral de justiça sendo, ainda, 1º vice-presidente do TJMG, em 2001. Também atuou como professor de história e geografia no Colégio São Boaventura, em Andrelândia. Foi professor de Direito Processual Penal na Universidade Federal de Juiz de Fora. Em 1991, foi integrante da Comissão Especial, designada pelo ministro da Justiça, que apresentou sugestões às alterações do Código de Processo Penal. Aposentou-se compulsoriamente em 2002, após 40 anos dedicados à magistratura.