O poder Judiciário brasileiro deve ter o mesmo padrão em todo o Brasil. Esse é o entendimento do presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que participou neste domingo (26/04) em Teresina (PI) do encerramento dos trabalhos do Programa Integrar no Judiciário piauiense. “A Justiça nacional tem que ter o mesmo padrão, o mesmo stand-up no Brasil”, afirmou.
Ao falar sobre o êxito das atividades desenvolvidas pelo CNJ no Judiciário do Piauí, o ministro disse que se trata de um trabalho de transformação. O ministro Gilmar Mendes afirmou que “é um trabalho sério de transformação para se ter uma justiça digna do século 21”. O ministro lembrou da resistência encontrada pelo CNJ no Estado no início das atividades e disse que nem sempre é possível desenvolver medidas que atendam aos anseios da população. Segundo ele, não cabe “aplausos fáceis “ao Judiciário.
“A questão constitucional muitas vezes é pensada contra a maioria, ou até contra a opinião pública. Se fossemos perguntar à opinião pública em um determinado momento o que ela quer que se faça com um preso, pode ser que a opinião pública queira o seu linchamento, e essa não pode ser a resposta de uma sociedade civilizada”, enfatizou.
Programa Integrar - Durante a visita ao Estado, o ministro participou na inauguração do Núcleo de Advocacia Voluntária, na Casa de Justiça e Cidadania, da inauguração das instalações do novo Fórum Criminal e visitou ainda a Vara da Fazenda Pública do Estado, que foi toda reformada com o apoio do grupo do Programa Integrar, coordenado pelo CNJ.
O grupo passou 45 dias no Estado e desempenhou medidas de modernização e otimização do Judiciário no Piauí. O ministro Gilmar Mendes informou que o trabalho de modernização da Justiça deverá continuar no Estado, com o apoio do CNJ. O presidente do Conselho anunciou que um grupo de tecnologia da informação será enviado ao Estado para ajudar no processo de informatização da Justiça. Segundo ele, o próximo estado a receber ajuda do CNJ será o Maranhão.
Fonte: CNJ