O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, celebrou a Missa de Ação de Graça pelo primeiro ano da gestão 2020/2022 do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A cerimônia, realizada na Igreja Nossa Senhora de Fátima, no bairro Santo Agostinho, na capital mineira, também registra, o novo ciclo que se estende para os próximos doze meses.

Pessoas em Igreja Nossa Senhora de FátimaCelebração reuniu magistrados para rezar e agradecer pela gestão (Foto: Mirna de Moura/TJMG)

Estiveram presentes, na missa que seguiu todos os protocolos sanitários, magistrados, servidores, colaboradores, familiares, amigos e demais fiéis.

O presidente do TJMG, Gilson Lemes, estava acompanhado da esposa Aliny Kássia e Silva. Também participaram, o 1º vice-presidente, desembargador José Flávio de Almeida; o corregedor-geral de justiça, desembargador Agostinho Gomes de Azevedo; o vice-corregedor-geral de justiça, desembargador Edison Feital Leite e o superintendente administrativo-adujunto, desembargador José Arthur Filho, além de outros magistrados e assessores.

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O presidente Gilson Lemes levou a imagem de Nossa Senhora Aparecida
(Foto: Mirna de Moura/TJMG)

A Primeira Leitura, retirada do livro do Gênesis, foi proclamada pelo presidente Gilson Lemes, que também participou da procissão de entrada, levando uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. A missa foi transmitida pelo canal oficial do TJMG no YouTube.

Magistrado, no ambão, no altar, lê leitura
O presidente proferiu a Primeira Leitura, do livro do Gênesis (Foto: Mirna de Moura/TJMG)

Na procissão das ofertas, o 1º vice-presidente, o corregedor, o vice-corregedor e o superintendente administrativo-adjunto trouxeram uma estátua da justiça, uvas e trigo, representando o vinho e o pão, e a bandeira do Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais.

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Magistrados participaram da procissão de ofertas (Foto: Mirna de Moura/TJMG)

Fé provada nos desafios

O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, iniciou saudando os presentes, em especial os membros da direção do TJMG, e afirmando que a Palavra de Deus é a interpelação amorosa de que precisamos para nossa vida. Ele destacou a importância de dar graças pelo caminho percorrido e suplicar bênçãos para o que vem pela frente, desafio que exige discernimento e sabedoria.

Segundo Dom Walmor, os textos da liturgia apresentam exemplos a seguir e condutas a rejeitar. Comentando o Evangelho de Mateus, o arcebispo lembrou que a estatura dos mestres da lei, tão letrados, é pequena, porque lhes falta a profundidade. “Ao contradizer Jesus, eles agem com preconceito, orgulho e soberba. No entanto estão diante do próprio Deus”, ressalta.

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O presidente do TJMG, Gilson Lemes e a esposa Aliny Kássia e Silva (Foto: Mirna de Moura/TJMG)

De acordo com o celebrante, a presença amorosa de Cristo, que cura o paralítico de imediato, devolve a inteireza física, humana e moral a quem as perdeu. “Abraão, nosso pai na fé, mostra, por outro lado, a qualidade de tecido interior, pois é fiel mesmo sendo provado no que tem de mais essencial e precioso. Foi-lhe pedido a oferta do filho único e, ao obedecer, ele revela sua integridade”, diz.

Para Dom Walmor, o patriarca teria razões para se negar ao sacrifício de Isaac, nascido quando ele já era idoso e a mulher, estéril, mas, pela força de uma obediência cheia de amor, mostra que vê algo que supera a realidade imediata. “Essa capacidade de ver o invisível, para além das evidências, é o que se espera de magistrados, servidores e cidadão. Abraão sabe que há um mistério de amor que nos ultrapassa e uma lição maior da qual somos sempre aprendizes”.

Religioso, vestido com paramentos litúrgicos, fala ao microfone
O arcebispo metropolitano, D. Walmor, falou da fé de Abraão (Foto: Mirna de Moura/TJMG)

Dom Walmor defendeu que a Palavra de Deus nos convida não só “a ter a competência de perceber, escolher, realizar e discutir”, mas a nos exercitarmos na intimidade com o Senhor para oferecer o que temos de melhor. “Isso dará qualidade ao nosso tecido interior e então nossas capacidade serão fecundadas pelo bem, pelo amor e pela verdade. Essa espiritualidade vem do silêncio e da contemplação, da sensibilidade de ouvir os pobres, ser respeitoso, escutar todo dia a palavra deste Deus que nos ama, fonte inesgotável de sabedoria, que acende luzes em nossas mentes e corações”, afirmou.

O arcebispo metropolitano concluiu defendendo que, nesse tempo de controvérsias, demandas, conflitividade, conturbações, momento tão à flor da pele para a coletividade, precisamos nos espelhar em modelos de fidelidade de grande envergadura.

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Foram seguidos todos os protocolos para proteção contra a covid-19 (Foto: Mirna de Moura/TJMG)

“Se fazemos muito, ainda é pouco diante da necessidade que estamos vendo. Pensando na relevância da justiça no mundo, rogo que possamos ter a fé e a sabedoria exemplar de Abraão. O povo hebreu, imitando sua atitude de confiança em Deus, encontrou o caminho e resolveu seus problemas. O amor é maior que a justiça. Que possamos, qualificados na força do amor e iluminados pela fé, sem desistir nem desanimar, abraçar a tarefa enorme de reconstruir o Brasil, para salvar e fazer brotar o que há de bom e corrigir os muitos descompassos que comprometem a justiça. Deus nos ajude e nos conceda a sua graça”, concluiu.

Fonte: TJMG