Na última quinta-feira, 24 de setembro, lideranças locais de Itabira visitaram a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Nova Lima, com o objetivo de conhecer o funcionamento da entidade. A iniciativa integra as ações da Apac em prol do fortalecimento e da difusão de sua metodologia, tendo em vista a implantação de uma unidade do Centro de Reintegração Social (CRS) em Itabira.

Os convidados puderam conhecer um pouco da rotina, das atividades de laborterapia e das histórias de vida dos recuperandos. O CRS de Nova Lima conta com bibliotecas, salas de aula e unidades produtivas, que preparam o recuperando para a reinserção profissional. O centro ainda sedia a primeira unidade da Universidade Aberta Integrada (UaiTec).

Para a juíza da 2ª Vara Criminal e de Execuções Penais de Itabira, Cibele Mourão, a Apac é uma alternativa para cumprir a Constituição, pois a associação permite que o condenado cumpra sua pena de forma digna, para que ele nutra o sentimento de recuperação, e não de vingança. “Acredito que a implantação da Apac em Itabira contribuirá não só para a ressocialização dos recuperandos, mas também para a diminuição da reincidência e da própria criminalidade”, diz.

De acordo com o diretor coordenador do Instituto Minas Pela Paz, Marco Antônio, a criação de uma unidade da Apac em Itabira pode ser um divisor de águaspara a cidade. “Colocar Itabira no mapa das Apacs é uma oportunidade excelente, que trará desdobramentos para a imagem da cidade e para as mensagens que ela deseja transmitir. Itabira será reconhecida como uma cidade moderna, antenada e conectada com os novos tempos”, conclui.

A Apac é uma entidade civil dedicada à recuperação e à reintegração social dos condenados a penas privativas de liberdade. Possui uma metodologia que visa à valorização humana, sem perder de vista a finalidade punitiva da pena. O objetivo é promover a humanização do sistema prisional, diminuindo a reincidência criminal e propiciando a proteção da sociedade.

Novos Rumos

O trabalho de implantação e de acompanhamento das Apacs em Minas é feito pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio do programa Novos Rumos, que é considerado uma referência nacional em ações em favor da humanização da pena.

Fonte: TJMG